domingo, 31 de outubro de 2010

A História da União Soviética,(do czarismo aos dias atuais) arranjo com a música de Tetris

A História da União Soviética,(do czarismo aos dias atuais) arranjo com a música de Tetris

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

BOLSAS de estudo para doutorado e pós-doutorado







Boa tarde,



Centro de Estudos Internacionais (CEI) da Universidad de los Andes, na Colômbia, tem o prazer de informá-lo sobre a criação de Bolsas de Estudo de Segurança Dela Drogas e Democracia na América Latina (SDDAL) ", financiado pelo Open Society Institute (OSI) e administrado em conjunto com o Social Science Research Council (SSRC) dos Estados Unidos e da CEI.



A bolsa metas alunos de doutoramento e pós-doutorado em palco e visa estimular a investigação sobre o crime organizado, as políticas de drogas e questões relacionadas com a América Latina, bem como promover a criação de uma comunidade de pesquisadores interessados em influenciar a formulação depolíticas públicas sobre essas questões.



Para mais detalhe as condições dos critérios de seleção de bolsas eo prazo para submicion, que me convidam para consultar o documento em anexo ou visite nosso site e http://cei.uniandes.edu.co www.ssrc. org / programas / lasdd



Para obter mais informações, por favor, não hesite encomunicarse-nos através dos seguintes emails: contactocei@uniandes.edu.co; osi@ssrc.org



Atenciosamente,



Angelika Rettberg, Ph.D.

Diretor

Departamento de Ciência Política

Diretor

Centro de Estudos Internacionais (CIS)

Universidad de los Andes

Corrida 1 O n º 18A - 10

Telefone: (571) 339-4949, ext. 2616

Bogotá-Colômbia

rettberg@uniandes.edu.co

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vacas sociológicas



O que cada sociólogo (e/ou filósofo e/ou antropólogo e/ou desempregado funcional) tem a dizer sobre o fato de você, hipoteticamente apenas, veja bem, possuir uma vaca?
Marx: Você tem uma vaca. Se ela se recusar a dar leite é uma miserável vaca burguesa exploradora da mais-valia leiteira. Pode tirar o couro, repartir com os companheiros e comer.
Durkheim: Sua sociedade tem uma vaca. Você não importa.
Weber: Se sua vaca for protestante você trabalhará para ela.
Platão: Você tem uma vaca, mas no Mundo das Idéias. (Dê calote nos outros vendendo leite metafísico.)
Nietzsche: Sua vaca é o anti-cristo. A menos que você tenha um super-touro para te salvar, corra para as montanhas.
Kant: Você tem uma vaca porque é livre para ter uma vaca.
Sartre: Existe uma vaca, mas ela só existe.
Lévi-Strauss: Você tem o tabu do incesto. Dane-se a vaca.
Dumont: Você tem uma vaca. Sua vaca está de ponta-cabeça.
Bourdieu: Você tem uma vaca vacante cuja função principal (que não é função, dado a função de qualquer ente — ou estrutura estruturada por entes, estruturante de significância bovina — ser uma internalização da realidade não-objetiva da objetividade) é reproduzir o capital leiteiro fruto da troca simbólica efetuada entre alimento e metabolismo corporal que em um primeiro momento operou-se, sendo o alimento a ela dado por um agente a reproduzir o habitus agropecuário que há dentro de si (e há, não de outra forma, por estar também no campo social em que esse se situa).
Freud: Você tem uma vaca. É a sua mãe?
Mary Douglas: Você tem um porco…
Foucault: Esqueça a vaca… você precisa urgentemente de um estábulo de vidro com uma torre no meio.
Tocqueville: Os Estados Unidos têm as melhores vacas do mundo.
Maquiavel: Camponês, o Príncipe mandou servir essa sua única vaca no jantar.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Arquiteto Deyan Sudjic fala sobre a relação emocional dos consumidores com os objetos

Design é capaz de seduzir consumidores.



O design permeia a sociedade industrial de consumo, que nos define não pelo que somos, mas por aquilo que compramos e exibimos.

sábado, 23 de outubro de 2010

Transmedia storytelling: uma desconstrução teórica


Entrevista com a socióloga Milly Buonanno









hoje um dos principais centros de pesquisa sobre televisão neste país. Milly começou sua carreira acadêmica pesquisando temas ligados à representação social da família e da mulher. No começo dos anos 1980, um trabalho sobre revistas femininas a levou ao campo de estudos da mídia, principalmente a televisão, no qual permanece desde então.
Autora de diversos livros, entre os quais se destaca La età della televisione (2006), Milly vê com ceticismo as pesquisas recentes a respeito das transformações sociais produzidas pelas tecnologias digitais. A pesquisadora questiona o entusiasmo de seus colegas com as novas mídias e diz que falta pensamento crítico sobre a "ecologia midiática" contemporânea. Atualmente, ela ministra cursos como professora associada do Departamento de Sociologia da Comunicação da Universidade de Florença. Uma das convidadas do V Seminário Internacional Obitel, promovido no início de agosto de 2010 na PUC-Rio pelo Globo Universidade e pelo Centro de Estudos de Telenovela da ECA-USP, ela fala nesta entrevista sobre sua preocupação com os novos mecanismos de controle e a fragmentação social que em sua opinião marcam a contemporaneidade.
Globo Universidade - Como você passou dos estudos de sociologia, sua primeira área de atuação, para os de mídia?
Milly Buonanno - Comecei trabalhando com sociologia da família e, dentro desse campo, quase imediatamente me interessei pelos estudos da mulher. Era o final dos 1970, começo dos 1980. Seguindo esse caminho, fiz uma pesquisa sobre revistas femininas e essa foi minha primeira incursão no campo da mídia. Meu interesse pelo estudo de famílias e mulheres se mantém, mas a partir dos anos 1980 me envolvi mais com mídia em geral. Meu interesse pela ficção televisiva só começou no meio desta década, em função de uma grande transformação pela qual o sistema televisivo italiano passou na época. O país estava na vanguarda das mudanças da TV na Europa, com o surgimento de várias emissoras privadas e a quebra do monopólio estatal. Essas emissoras começaram a importar um enorme volume de ficção de outros países, principalmente dos EUA, mas também muitas novelas da América Latina. Foi uma revolução cultural para o público italiano que não estava acostumado a assistir a muita ficção na TV.
GU - Qual era sua formação teórica?
MB -
 Estudava sociologia e antropologia, mas imediatamente fui capturada pelos Estudos Culturais. Primeiro, porque me interesso por cultura popular e, em segundo, porque os Estudos Culturais não são uma disciplina única, mas sim um campo meio misturado, e também gosto disso. Não sou ortodoxa. Fui uma das primeiras pesquisadoras de Estudos Culturais na Itália. Nos anos 1970, lecionava Estudos Orientais na Faculdade de Nápoles e havia uma colega, Lidia Curti [professora da Universidade de Nápoles], uma das principais vozes dos Estudos Culturais no mundo, que me apresentou a Larry Grossberg [professor e pensador norte-americano], até hoje um dos meus melhores amigos. Tive a oportunidade de trazer sua obra para a Itália.
GU - Quando começou a pesquisar televisão, você também trabalhou inicialmente com os temas da família e da mulher?
MB -
 Minha primeira pesquisa foi sobre a representação da identidade de gênero na TV, especialmente a das mulheres, e a segunda foi sobre a representação da família. Sempre tentei manter meu interesse original. Estou agora escrevendo um livro sobre mulheres jornalistas como correspondentes de guerra.
GU - O tema da representação das mulheres é particularmente relevante na Itália?
MB -
 Não. Mas eu não ligo. Como uma pioneira, acho que posso fazer algo útil. Tudo que é relacionado às mulheres não é particularmente apreciado na Itália, assim como tudo relacionado à ficção televisiva, mas é exatamente por isso que me interesso, pelo desafio de demonstrar que, apesar do preconceito, esses assuntos são realmente relevantes.
GU - A senhora liderou a criação, com Giovanni Bechelloni, em 1986, do Observatório de Ficção Televisiva na Itália. Qual foi o contexto da criação desse centro?
MB -
 Ele surgiu como consequência da relevância que a ficção televisiva começou a adquirir na Itália na época. A importação de seriados e novelas americanas para a Itália levantou muitas preocupações quanto à colonização cultural. As pessoas na indústria estavam interessadas na construção e manutenção da identidade nacional, contra o uso dos importados americanos, e apoiaram a criação do observatório. Hoje ele é sustentado não apenas pela TV pública, mas também pela televisão privada.
GU - Mas em seus escritos a senhora contesta essa visão da TV como meio de colonização cultural, não?
MB -
 Minha posição está hoje mudando, em função da nova ecologia da mídia, mas quando se trata da TV, apenas, mantenho minha convicção. Enfatizo na minha pesquisa outros papéis da TV. Para mim, a presença da ficção estrangeira é talvez um recurso de conhecimento do outro, uma forma das pessoas conhecerem outras culturas. Apesar disso, não excluo completamente a possibilidade de que seja um caminho para a colonização. É no novo ambiente midiático, porém, que vejo muito mais problemas. Tenho o sentimento de que o poder da indústria está aumentando, em vez de diminuir. É um pouco paradoxal, porque estamos numa situação em que celebramos o poder do consumidor, o que é verdade, mas esse poder vem acompanhado de um crescimento ainda maior do poder da indústria. Estamos cercados pela mídia. A indústria da mídia está em toda parte. Então, começo a pensar diferente. Estou convencida, como outros colegas, de que vivemos numa sociedade de controle e vigilância, e que estes são feitos pela mídia.
GU - O que a preocupa, então, não é o velho problema da homogeneização cultural.
MB -
 Não, nunca acreditei na homogeneização cultural. Está diante de nós o fato de que as pessoas são diferentes. Há diferenças regionais, nacionais, de idade, de gênero. Minha preocupação é que essas diferenças estão agora explodindo, no sentido de que estamos nos tornando muito heterogêneos. Um grau de homogeneidade é importante porque ajuda a manter a sociedade coesa. Precisamos de um bom equilíbrio entre homogeneidade e heterogeneidade. Estamos vendo o desaparecimento do sentido compartilhado da vida. Isso não é bom.


GU - Mas essa nova ecologia da mídia, como a senhora diz, não criou novas oportunidades para o estabelecimento de comunidades?
MB -
 Sim, mas não é o suficiente. Uma comunidade não pode se construir apenas em torno de um texto: eu gosto de Lost, você gosta de Lost, somos uma espécie de tribo. Uma comunidade de texto não é uma comunidade de fato, durável no tempo. Essas comunidades novas são muito voláteis.
GU - Nos anos 1990, a senhora fez pesquisas sobre o jornalismo e desenvolveu a ideia de que, na Itália, ele estava se tornando um gênero híbrido, entre a reportagem e a ficção. Como vê a situação hoje?
MB -
 Também quanto a isso estou mudando de opinião. Na época, pelo menos do meu ponto de vista, essa era uma tendência positiva na Itália. O jornalismo político italiano foi desde o início feito para a elite, talvez de qualidade, mas feito para poucos. Então, no início, a mistura com formas mais populares de entretenimento foi para mim uma mudança positiva, porque ajudava a tornar o jornalismo político mais acessível. Hoje, no entanto, as coisas estão mudando. O entretenimento está se tornando dominante na internet e na TV. Está invadindo a informação, a ficção e, para mim, o entretenimento se tornou o mais importante dos gêneros jornalísticos. Essa presença me preocupa. Já não me sinto tão a favor desta prática.
GU - Essa onipresença do entretenimento parece análoga à disseminação da mídia, de que você fala, e teria um sentido de controle social. As duas coisas estão ligadas, em sua opinião?
MB -
 Quando falo em controle, penso especialmente na mídia interativa. Quando acessa um site e fala dos seus gostos, você dá informações que são usadas pelo sistema, pela indústria, para customizar os serviços e traçar um perfil seu. Hoje somos monitorados pela tecnologia. Monitoram nosso movimento, nosso consumo, e usam essa informação. Pense no YouTube. Ao usá-lo você comunica seus dados. Sem estarmos conscientes, estamos nos tornando fornecedores de nossos dados para os donos da tecnologia.
GU - Em sua palestra, você criticou o entusiasmo dos acadêmicos com as novas tecnologias. Falta um pensamento crítico em relação a esses fenômenos?
MB -
 Não quero generalizar, obviamente não sou a única no mundo a pensar o que estou dizendo. Mas há algo que podemos chamar de espiral de silêncio. É uma teoria da socióloga Elisabeth Noelle-Neumann [cientista política alemã]. Ela diz que, se uma minoria fala muito alto, a maioria permanece silenciosa. Acho que isso está acontecendo.
GU - Como você vê a aproximação das figuras do pesquisador e do fã da cultura pop?
MB -
 Não gosto disso. Estamos tão favoráveis a todo tipo de figura híbrida, mas há identidades que precisam ser mantidas separadas. Óbvio que na minha vida pessoal eu posso ser uma fã da televisão, mas não publicamente, na minha produção profissional. Não é um bom serviço ao conhecimento, e talvez nem mesmo aos fãs.
GU - Quais questões da identidade italiana aparecem atualmente nas ficções televisivas? Há muita diferença em relação à época em que você começou suas pesquisas?
MB -
 Não muita. O campo de ficção televisiva na Itália tem uma forte continuidade. A tradição importa. A ficção televisiva italiana tem lidado muito com as raízes católicas da cultura nacional. Nos últimos 20 anos, a ficção produziu muitas minisséries biográficas sobre as grandes figuras do país, especialmente as do século XIX. São as histórias dos papas e dos santos, as raízes profundas da identidade italiana. Outros dois temas importantes são, de um lado, a família, e de outro a máfia. Na verdade, a máfia é o assunto mais popular na TV italiana. Nos últimos 20 anos, mais de cem ficções forma produzidas sobre este tema. Há uma romantização, especialmente da máfia da Sicília, a Cosa Nostra, ainda que o mafioso raramente seja o protagonista.
GU - Nos últimos anos houve na Itália algumas manifestações xenófobas. A imigração é um tema importante na TV?
MB -
 Essas manifestações são um fenômeno muito minoritário, mas muito enfatizado pela mídia. Eu diria que a Itália não é um país racista, sequer xenófobo. Isso está inscrito na história da Itália: sempre fomos um país que recebeu populações de outras partes. É um privilégio da nossa cultura.  Estamos acostumados à diferença e ao outro. A ficção televisiva começa a representar a nova composição étnica da sociedade italiana, sempre enfatizando a nossa habilidade de receber os estranhos. Ela mostra a integração, o modo como os estrangeiros se integram à sociedade italiana. Isso acontece até nas ficções mais populares. Não é totalmente realista, mas também não tão distante do que acontece.
GU - Ao reforçar noções tradicionais sobre a identidade italiana, com essas minisséries sobre os heróis da pátria, por exemplo, a TV não contribui para posições nacionalistas e potencialmente xenófobas?
MB -
 Não, porque a noção tradicional do que significa ser italiano é de ser aberto. A Itália sempre foi um país aberto a novas culturas, somos a população europeia que mais consome literatura de outros países. Gostamos de estrangeiros, é uma característica positiva da sociedade italiana.
GU - Para concluir, queria pedir que você explicasse suas restrições ao conceito de transmedia storytelling.
MB –
 O transmedia storytelling é problemático a começar por sua própria noção. Esse conceito é muito abrangente, teve um grande impacto em nossa imaginação, mas permanece subteorizado. É uma espécie de rótulo de marketing, mas não um conceito. Minha impressão é que o transmedia storytelling na verdade não tem relação com a narrativa, parece que está mais relacionado com os videogames. Não gosto da ideia porque acho que é uma projeção para o futuro, não é algo que esteja acontecendo agora. Não há muitas evidências de que exista, e não está claro quais desejos, esperanças ou aspirações ele pode satisfazer. O que também me preocupa é que ela funciona como um fator de distinção cultural. É um elemento de fratura, divisão, entre os que têm e os que não têm dinheiro. Para botar em prática o transmedia storytelling, você precisa ter muito dinheiro, ser proprietário de plataformas integradas, atrair um público muito letrado tecnologicamente, pessoas com muito tempo para gastar se divertindo.

chamada para artigos: REVISTA LEVIATHAN - USP


DCP - Universidade de São Paulo
Prazo final: 14 de novembro de 2010


A revista eletrônica Leviathan convida os pós-graduandos, professores e pesquisadores em geral a submeterem artigos, resenhas e notas de pesquisa na área de Ciência Política e Relações Internacionais.

A revista Leviathan, criada em 2004 pelos pós-graduandos da Ciência Política da USP e com o Apoio do Departamento de Ciência Política, foi interrompida após o seu primeiro número e agora foi relançada, em versão eletrônica, totalmente reestruturada, seguindo princípio de conhecimento aberto.

O objetivo da Leviathan é oferecer um espaço diferente de publicação em todas as áreas de Ciência Política e Relações Internacionais, sem distinção de metodologia, corrente teórica ou objeto de pesquisa.

Para tanto, adotamos acesso aberto e gratuito, processo de submissão totalmente eletrônico, revisão por pares tradicional (blind peer review); o compromisso de celeridade no processo de avaliação de artigos e disponibilização de repositório para bases de dados utilizadas nos artigos.

Os artigos podem ser submetidos em português, espanhol ou inglês e serão publicados no idioma submetido, não havendo tradução.  Mais informações sobre o processo de submissão pode ser acessados na seção “sobre” do sítio da revista.

O primeiro número da revista, com os artigos publicados em 2004, já está disponível para acesso livre no sítio da revista: http://www.fflch.usp.br/dcp/leviathan

Cordialmente,

Conselho Editorial
Revista Leviathan – Cadernos de Pesquisa Política
Uma publicação semestral dos alunos do Programas de Pós-Graduação em
Ciência Política da Universidade de São Paulo.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Historiador americano fala sobre a relação da ditadura brasileira e os EUA

James Green morou no Brasil durante o fim da década de 70 e início dos anos 80.


Na entrevista para o Milênio, James Green dá detalhes da pesquisa que se transformou no livro “Apesar de vocês”, que conta como a opinião pública norte-americana se organizou para pressionar o governo dos EUA a retirar o apoio ao regime militar brasileiro e também na América Latina.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Processo seletivo para bolsas de Pós-Doutorado no Canadá - 2011-2012


 
  Inscrições online até 15 de novembro de 2010 com apresentação dos
  documentos de apoio até 01 de dezembro de 2010
 
  Como parte de seu Programa de Bolsas de Estudo, o Governo do Canadá
  oferece bolsas para pesquisa de pós-doutorado com a duração de um ano. As
  bolsas são válidas para as universidades canadenses públicas e
  reconhecidas e institutos de pesquisa afiliados. O Programa de Bolsas para
  Pesquisa de Pós-Doutorado do Governo do Canadá (PDRF 2011-2012) visa
  proporcionar oportunidades de pesquisa a promissores doutores recém
  diplomados nas áreas de humanas, ciências sociais, ciências naturais e
  engenharia. Prioridade será dada a candidatos que nunca estudaram no
  Canadá por meio de bolsas de estudo do governo canadense.
 
  O valor da bolsa de estudo é de $36,500 dólares canadenses, sujeito a
  impostos no Canadá.
 
  Elegibilidade:
  Candidatos devem ser cidadãos brasileiros. Qualquer pessoa que tenha
  obtido a cidadania canadense ou solicitado visto de residência permanente
  não é elegível ao programa.
 
  Candidatos devem ter completado um doutorado no curso dos últimos três
  anos ou ter completado todos os requisitos do doutorado antes da concessão
  da bolsa.
 
  Candidatos devem ter sido aceitos para uma posição de pós-doutorado em uma
  universidade canadense pública e reconhecida ou em instituto de pesquisa
  afiliado de sua escolha.
 
  Instruções:
  Passo 1: Envio de candidatura via online através do site
  www.scholarships.gc.ca até 15 de novembro de 2010.
 
  Passo 2: Envio da documentação de apoio à Embaixada do Canadá até 01 de
  dezembro de 2010 nos termos das diretrizes do programa, disponíveis no
  site www.scholarships.gc.ca.
 
  Embaixada do Canadá
  Assessoria para Assuntos de Educação
  Tel.: (61) 3424-5400
  Fax: (61) 3424-5490
  e-mail: academic.bsb@international.gc.ca ou
  academique.bsb@international.gc.ca
 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A inteligência brasileira na década de 1930 à luz da perspectiva de 1980 . . .

Luciana Pereira da Silva[1]

Marina Calaza Ruas


Como em seus estudos da década de 1950 sobre a inteligência brasileira, Alberto Guerreiro Ramos retoma aqui sua análise da história das idéias e dos perfis dos homens de idéias do Brasil agora sob à luz da década de 1980, como expressa o título deste ensaio.

Sua idéia central é a de que a inteligência brasileira da década de 1930 buscou interpretar e transformar as instituições brasileiras mas não conseguiu contudo ultrapassar o que ele chama de confinamento da história modernista na sociedade ocidental.

Ramos busca classificar estes intelectuais, tratados aqui como a inteligência brasileira, isto é os indivíduos envolvidos com o magistério público que estariam interessados em interpretar e configurar o processo de formação do país neste momento. Já aí temos uma importante noção presente na obra deste autor, a de que o cientista social deveria estar ativamente engajado na promoção de mudanças no país. Aqui a ciência ganha esta dimensão, de fonte de conhecimento que corrobora para a intervenção na realidade objetiva.

Guerreiro Ramos traz uma série de categorizações subdividindo os grupos de intelectuais classificados como hipercorretos, pragmátimos críticos, bonaldianos, gorkianos e ainda os qualifica quanto a sua posição estrutural no campo como cêntricos, periféricos, fronteiriços, confrontiços e independentes.

Na tradição do pragmatismo crítico nas ciências sociais, encontraríamos os intelectuais comprometidos com a questão nacional, que através de uma atitude crítico-assimilativa frente ao saber sociológico exterior elaborariam um conhecimento mais adequado à realidade brasileira, sempre com a finalidade pragmática. Em outro extremo estariam os hipercorretos, caracterizados por “atribuir a idéias e teorias importadas eficácia direta na configuração de comportamentos sociais, assim negligenciando os seus condicionamentos contextuais.

Podemos perceber que Ramos traz portanto uma atitude bastante crítica em relação as elites colonizadas pelas idéias importadas dos países desenvolvidos. O autor é contrário ao transplante de idéias, estilos, modos de vida, teorias que não tenham utilidade para as transformações necessárias às nações subdesenvolvidas.

Guerreiro Ramos traz inscrita em sua trajetória esta preocupação com os rumos políticos e com as transformações históricas do país. O autor foi assessor do presidente Getúlio Vargas em seu segundo mandato, diretor do ISEB e deputado federal. Deu grande importância a formulação de um projeto histórico-político de caráter universalista que trouxesse condições de levar o Brasil a modernidade, inserido-o assim no processo civilizatório.

Sobre a inteligência brasileira da década de 1930 Ramos reforça que não tinham um caráter verdadeiramente revolucionário, que pretendesse alterar significativamente a estrutura social vigente. Desejavam na verdade ampliar o sistema de participação política que possuía uma configuração ainda profundamente dominada pelas oligarquias regionais. Como coloca o autor seus propósitos radicais eram limitados, o que corresponde ao que chama de dialética da ambigüidade e da complementaridade.

Entretanto nesta interpretação este mesmo grupo interessado em garantir uma efetiva participação política está ao mesmo tempo interessado em propósitos de um humanismo civilista, uma vez que a participação política mais ampla levaria o país ao caminho do progresso democrático, trazendo assim melhorias para a vida de todos.

Mesmo sendo vagos e confusos em suas propostas, segundo Guerreiro Ramos, esta geração transformaria o país empreendendo um importante trabalho de articulação política que conformaria o PTB, PSD e indiretamente a UDN. Partidos que teriam grande importância na consolidação do poder político desta vanguarda civil que se forma.

Para Guerreiro Ramos os partidos teriam um importante papel de mediadores racionais dos interesses comuns. Sua análise nos traz assim importantes reflexões revisionistas para se compreender os rumos políticos do Brasil e as diferentes posturas de sua inteligência diante da ação política e da história.



[1] Alunas de ciências sociais cursando o sexto período de Ciências Sociais na UFRJ

Referência:

RAMOS, Alberto Guerreiro, A inteligência brasileira na década de 1930 à luz da perspectiva de 1980 In:A revolução de 1930 – Seminário Internacional

Michael Löwy em Fortaleza

AGENDA:

21/10 (quinta-feira) – Projeto Tópicos Utópicos às 19h, no Mercado dos Pinhões
Tema: “As Revoluções do século XIX e XX”
Local: (Praça Visconde de Pelotas, Centro – entre as ruas Gonçalves Lêdo e tenente Benévolo).


22/10 (sexta-feira) – Auditório do Departamento de História da UFC às 14h
Tema: “O Marxismo Romântico em Edward Thompson e Raymond Williams”



22/10 (sexta-feira) – Sede do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL às 19h
Tema: “A Crise civilizatória, as lutas anticapitalistas e o ecossocialismo”
Local: Av. Imperador, 1397 – Centro

Que lições o primeiro turno dão aos candidatos?

Desconfiança é o principal inimigo dos candidatos.



O tema do programa é política, não dá pra não ser.
 Que lições os candidatos à presidência levam do primeiro turno para o segundo turno?
 Para Luciano Dias, apresentação de ideias será definitivo para sacramentar o vencedor das eleições. Segundo os especialistas, melhor caminho é ter a ideia de que a política pode ser melhor.



Célestin Monga lança o livro 'Niilismo e Negritude'



Escritor desmonta os velhos estereótipos da África.



O economista-chefe e assessor do vice-presidente do Banco Mundial Célestin Monga, que vive há quase vinte anos em Washington, nos EUA, veio ao Brasil para lançar seu livro mais recente “Niilismo e Negritude”, em que trata os problemas africanos sem o exotismo e o preconceito do olhar ocidental. Ele apresenta uma África sem os velhos estereótipos e mostra o continente pelo avesso em uma conversa com a repórter Elizabeth Carvalho.

Monga é camaronês e um dos mais importantes pensadores africanos da atualidade. Tornou-se uma personalidade em toda a África Ocidental ao ser preso após criticar o presidente do Camarões, Paul Biya (no poder a 28 anos), em um artigo no jornal francês Le Messager. Crítico das lideranças políticas africanas, Celestin exercita um olhar desapaixonado e pragmático sobre as mazelas sociais, políticas e econômicas no continente. Para ele, os povos africanos sofrem de um isolamento crônico por parte da mídia e da comunidade internacional, mas também não conseguiram se desenvolver com eficácia por causa da falta de interesse da sociedade civil e de caráter das lideranças políticas.

chamada para artigos: Dilemas - Revista de Estudos de Conflito e Controle Social





fonte: http://www.dilemas.ifcs.ufrj.br/index.html


Dilemas - Revista de Estudos de Conflito e Controle Social está recebendo contribuições inéditas para suas próximas edições na forma de artigos, resenhas, comentários, traduções e entrevistas. O periódico acadêmico trimestral é centrado nos assuntos que possam fazer parte da grande temática dos conflitos e do controle social em ciências sociais (sobretudo sociologia e antropologia), tais como:

− Comportamentos desviantes
− Violências
− Criminalidade
− Moralidade
− Movimentos Sociais e Ação Coletiva
− Conflitos Urbanos
− Justiça Criminal
− Segurança Pública
− Instituições Públicas e Privadas de Controle Social

As colaborações devem ser trabalhos próprios a uma publicação acadêmica e contemplar a linguagem e a abordagem típicas a esse meio.

Os textos devem ser enviados por e-mail, em formato digital, preferentemente em MS-Word (serão aceitos trabalhos em outros processadores de texto consagrados, como WordPerfect), para o endereço: editor@revistadilemas.com.

Todas as colaborações serão submetidas a pareceristas independentes, preservadas as identidades tantos dos autores quanto dos responsáveis pelos pareceres. Cada artigo será sempre submetido a pelo menos duas avaliações. Todos os autores receberão cópias dos pareceres de seus artigos, com os devidos comentários dos pareceristas e eventuais análises do editor e da coordenação editorial de Dilemas. A publicação é dependente da aprovação pelos pareceristas.

Atenção: Dilemas reserva-se o direito de fazer pequenas alterações de forma nos textos que publica, a fim de adequá-los a suas normas e de torná-los mais legíveis e de acordo com regras gramaticais e de boa comunicação.

Definições:

Artigo (paper): contribuição no formato de um texto inédito que relata uma pesquisa nova ou introduz uma discussão teórica original. Pode ser assinado por mais de um autor.

Tradução: contribuição na forma de um artigo de outro autor ou do próprio contribuinte, produzido originalmente em língua não portuguesa e traduzido para o português, sempre nas áreas temáticas de interesse de Dilemas – Revista de Estudos de Conflito e Controle Social. Podem ser traduzidos artigos e capítulos de livros, desde que devidamente autorizados por seus autores e/ou detentores de direitos. As traduções podem ser assinadas por um autor.

Entrevista: contribuição na forma da transcrição de uma conversa, apresentada no formato perguntas e respostas (pingue-pongue), com um personagem de interesse para a temática de Dilemas – Revista de Estudos de Conflito e Controle Social. As entrevistas podem ser assinadas por mais de um autor.

Resenha (review): contribuição no formato de um texto analítico e/ou opinativo a respeito de uma obra (escrita, dramatúrgica ou audiovisual) recém-publicada na área temática concernente à revista. Deve ser assinado por apenas um autor.

Comentários: contribuição na forma de um texto analítico e opinativo a respeito de um fato relevante para a temática de Dilemas – Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, notadamente um fato de repercussão/interesse público. Os comentários podem ser assinados por mais de um autor.

Normas para submissão de colaborações

As colaborações devem obedecer aos seguintes critérios formais:

Padrões gerais:

Folha de rosto: todas as colaborações devem vir acompanhadas de uma folha de rosto, trazendo um resumo de cerca de 10 (dez) linhas, em português e em inglês (abstract); até cinco palavras-chave (igualmente nas duas línguas); e um breve resumo do curriculum do autor, discriminando sua formação e sua filiação institucional, bem como seus contatos (nome completo, endereço, telefone e e-mail).

Citações: devem ser apresentadas, como tradicionalmente, entre aspas, até o limite de três linhas no texto. Se excederem a esse tamanho, devem vir em um bloco separado, com uma linha de espaço antes e depois em relação ao texto, em corpo 10 (dez) pts, com recuo de 4 (quatro) cm à esquerda e entrelinha simples.

Referências bibliográficas: no texto, devem ser apresentadas sempre entre parênteses, no formato: (AUTOR, ano, p. número da página), como exemplo: (WEBER, 2004, p. 117). Se as páginas citadas formarem uma seqüência, usa-se “pp.”, seguido de página inicial-página final, conforme o exemplo: (BECKER, 2008, pp. 256-258).

Na listagem de referências, elas devem seguir os seguintes padrões:

Livros:

SOBRENOME, Nome. (ano), Título do livro: Subtítulo. Cidade, Editora.

Obs.: sempre que uma referência de qualquer tipo chegar à segunda linha, esta será iniciada alinhada à terceira letra da primeira linha, como no exemplo:

CARDOSO DE OLIVEIRA, Luis Roberto. (2002), Direito legal e insulto moral: Dilemas da
    cidadania no Brasil, Quebec e EUA. Rio de Janeiro, Relume Dumará/Núcleo de
    Antropologia Política.

Capítulos de livros:

SOBRENOME, Nome. (ano), “Título do capítulo: Subtítulo”. Em: SOBRENOME, Nome (org.). Título do livro: Subtítulo.    Cidade, Editora, pp. página inicial-página final.

Artigos em periódicos:

SOBRENOME, Nome. (ano), “Título do artigo: Subtítulo”. Publicação, Vol. N, no N, pp. página inicial-página final.

Artigos em periódicos online:

Se o periódico tiver versão impressa: 

SOBRENOME, Nome. (ano), “Título do artigo: Subtítulo”. Publicação (online), Vol. N, no N, pp. página inicial-página final. Disponível online em: endereço.

Se o periódico não tiver versão impressa:

SOBRENOME, Nome. (ano), “Título do artigo: Subtítulo”. Publicação (online), Vol. N, no N. Disponível online em: endereço.

Textos em jornais e revistas:

SOBRENOME, Nome. (Data), “Título da matéria”. Publicação, seção, pp. página inicial-página final.

Imagens: podem figurar no corpo do artigo, mas devem ser igualmente enviadas em arquivos separados, preferentemente no formato JPEG (com 300 dpi de resolução). Se forem usados gráficos e/ou tabelas, eles devem vir acompanhados dos arquivos de imagem que a eles correspondam e, se possível, das planilhas que lhes deram origem.

Padrões específicos:

Artigos: de 15 (quinze) a 25 (vinte) laudas, digitadas com fonte Times New Roman, 12 (doze) pts e entrelinha 1,5 (um e meio). As notas devem ser limitadas a três por página e conter apenas comentários estritamente necessários ao texto.

Resenhas: de 5 (cinco) a 10 (dez) laudas, digitadas com fonte Times New Roman, 12 (doze) pts, entrelinha 1,5 (um e meio). As notas devem ser limitadas a três por página e conter apenas comentários estritamente necessários ao texto. A abertura do texto deve trazer a referência bibliográfica referente à obra resenhada.

Entrevistas: Até 20 (vinte) laudas, digitadas com fonte Times New Roman, 12 (doze) pts, entrelinha 1,5 (um e meio). A entrevista deve ser apresentada no formato “pingue-pongue” (perguntas e respostas), e vir precedida de uma introdução explicativa de até uma lauda (incluída no limite total), dando conta do tema e do curriculum do entrevistado.

Comentários: de 5 (cinco) a 10 (dez) laudas, digitadas com fonte Times New Roman, 12 (doze) pts, entrelinha 1,5 (um e meio). Os comentários serão publicados apenas na versão online, na seção Intervenções de Dilemas. Os comentários deverão trazer em sua abertura uma apresentação clara sobre o tema comentado (se possível com citação noticiosa).

Dúvidas, sugestões, comentários e casos omissos devem ser enviados para: editor@revistadilemas.com.