sexta-feira, 30 de março de 2012

Seleção professor visitante UnB (População tradicional, Uso da Terra e Métodos Interdisciplinares)‏



INSTITUIÇÃO
Nome:(Universidade, empresa, etc)
UNIVERSIDADE DE BRASILIA
Instituito/Faculdade/Centro:
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL
Departamento/Laboratório:
 
ASSUNTO
Grande Área:
OUTRAS AREAS
Área:
CIENCIAS
Subárea:
Palavras-chave: 
CIENCIAS ; POPULACAO TRADICIONAL ; METODOS INTERDISCIPLINARES
Disciplina ou Atividade:
População tradicional, Uso da Terra e Métodos Interdisciplinares
 
Tipo de Atividade a Exercer - Nível Superior
Docência
Professor Visitante
 
 
 
 
FORMA DE ADMISSÃO
REQUISITOS EXIGIDOS
Processo Seletivo Próprio da Contratante
Doutorado
 
INFORMAÇÕES COMPLEMETARES
Endereço
SAS - QUADRA 5, BLOCO H, SALA 200   BRASILIA-DF   70070-914   unbcds@cds.unb.br   Telefone:(61)3321-5001   Fax:3322-8473
 
 
Período(dd/mm/yyyy):
29/03/2012  a  12/04/2012
Horário:
Vagas:
1
Remuneração:(R$)
 
 
Documentação Necessária
"curriculum vitae" devidamente comprovado.
 
Informações Adicionais
DAS INSCRIÇÕES: Local: CDS - Centro de Desenvolvimento Sustentável, Bloco "C", avenida L3 Norte, Campus Universitário Darcy Ribeiro, Brasília-DF. Horário de 8h30 as 11h30 e das 14h30 às 17h30 - Telefone: (61) 3107-6000.
 
URL do Edital
DOU 28/03/2012 seçao 3 pagina 33 - EXTRATO DO EDITAL No- 116, DE 27 DE MARÇO DE 2012


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4 vagas para cientista social na UEA

http://www3.uea.edu.br/concurso.php?status=NOV

Pessoal, tem vagas para os que tem só graduação até doutorado...

81 vagas para a Universidade do Estado do Amazonas 


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quinta-feira, 29 de março de 2012

CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS



O editor da Revista CLIO, publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco– ISSN 0102-9487, convida a comunidade acadêmica para a publicação de artigos em seu próximo volume, cujo dossiê intitular-se-á Fronteiras e Sociedade”. Este tema propões estimular um debate na história e suas áreas afins, focando a formação de fronteiras na sociedade, na política, na cultura e na economia. Possibilita ainda, que estudos historiográficos nessa temática possam ampliar conhecimentos da história brasileira, da europeia e da africana. Além dos artigos que compõem o dossiê, a Revista CLIO publica artigos de temáticas livres, em História e áreas afins, além de resenhas, transcrição de documentos e entrevistas.
Os autores interessados devem se cadastrar no endereço da Revista na Plataforma Open Journal System ( http://www.ufpe.br/revistaclio/index.php/revista/login ) e enviar os textos, por meio de funcionalidade específica disponível neste site, até o dia 15 de maio de 2012, seguindo as padronizações explicitadas abaixo. As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão rejeitadas e devolvidas e aos autores.

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Concurso para Departamento de RI da UFPB‏


O Departamento de Relações Internacionais abre 4 vagas para preenchimento de seu quadro docente em três áreas temáticas:

Economia Política das Relações Internacionais e Desenvolvimento (2 vagas)
Integração Regional (1 vaga)
Segurança Internacional (1 vaga)

Para maiores informações acerca das inscrições acesse:
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=75&data=28%2F03%2F2012

ou https://sites.google.com/site/riufpb/
Obs: as datas dos concursos ainda serão definidas.


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Aula Inaugural do semestre 2012.1 do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC). Palestra intitulada "Antropologia dos circuitos juvenis", proferida no dia 20 de março de 2012 pelo professor livre docente José Guilherme Magnani.













Valeu Daniel Valentim :)


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Assembleia Geral de Pós-graduandos da UFC


quarta-feira, 28 de março de 2012

Maquiavel em quadrinhos

Esse e o trabalho do colega Alvaro Fernandes, dono do blog Cientista Social Nerd.



A Técnica do Rei Pelé: Atleta do Século do Futebol.


                                A Técnica do Rei Pelé: Atleta do Século do Futebol.
                                                                                     

               Ubiracy de Souza Braga*


_______________
Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Ceará (UECE).






                                                         “O futebol é o mais simples do mundo, só precisa jogar”. (Pelé)


                Filho de dona Celeste Arantes e de João Ramos do Nascimento, conhecido futebolista no sul de Minas Gerais, alcunhado Dondinho, em 1945, mudou-se com a família para Bauru (São Paulo). O nome “Edison” foi escolhido pelo pai para “fazer uma homenagem ao inventor Thomas Edison” (cf. Ginzburg, 1979; 1986; 1989). Ainda criança manifestou a vontade de ser futebolista. Ironicamente a alcunha “Pelé” que serviu para identificar o jogador considerado o maior goleador de todos os tempos teve origem num goleiro. Em 1943 o pai de Pelé jogava no time mineiro do São Lourenço. Pelé, que então tinha três anos, ficava bastante impressionado com as defesas do goleiro da equipe do pai e gritava: “Defende Bilé”. As pessoas próximas começaram a chamá-lo de “Bilé”. Muitas crianças colegas do garoto Edison tinham dificuldade em pronunciar “Bilé” e com o tempo o apelido virou “Pelé”.
Com onze anos já jogava em um time infanto-juvenil, o Canto do Rio, cuja idade mínima para participar era de treze anos. O pai então o estimulou a montar o seu próprio time: chamou-o “Sete de Setembro”. Para adquirir material, como bolas e uniformes, os garotos do time “chegaram a roubar produtos nos vagões estacionados da Estrada de Ferro Sorocabana para vender em entrada de cinema e praças”. Posteriormente, viria a jogar no “Baquinho”, o time de maior referência da juventude do Pelé. O time principal era o Bauru Atlético Clube (BAC), da categoria principal da cidade e de onde derivou o nome do time juvenil. O convite para jogar no “Baquinho” partiu do Antoninho, que oferecia até emprego para os jogadores. Foi o Antoninho, ainda, quem dirigiu o primeiro treino do time. Depois, o Valdemar de Brito, famoso jogador do passado e técnico dos profissionais, passou a treinar a equipe. Foi ele quem levou o Pelé para a equipe do time Santos Futebol clube. Deu no que todo mundo sabe. Certamente, o brasileiro de maior projeção no exterior. Uma das personalidades mais conhecidas e reconhecidas no planeta.
A atividade mais antiga que se assemelha ao futebol moderno da qual se tem conhecimento data dos séculos III e II a. C. Estes dados são baseados em um manual de exercícios correspondentes à dinastia Han da antiga China. O jogo era chamado ts`uh Kúh (cuju), e “consistia em lançar uma bola com os pés para uma pequena rede”. Uma variante incluía uma modalidade onde o jogador deveria passar pelo ataque dos seus adversários. Também no Extremo Oriente, embora cerca de cinco ou seis séculos depois do “cuju”, existia uma variante japonesa chamada kemari, que tinha um caráter mais cerimonial, sendo “o objetivo do jogo manter uma bola no ar passando-a entre os jogadores”. O kemari até hoje é praticado no Japão, em eventos culturais. No Mediterrâneo destacaram-se duas formas de jogo: a) o harpastum, em Roma, e, b) o epislcyros, na Grécia, sobre o qual se tem pouca informação. O primeiro era disputado por duas equipes em um terreno retangular demarcado e dividido pela metade por uma linha. Os jogadores de cada equipe podiam passar uma pequena bola entre eles, e o objetivo do jogo era enviá-la ao campo contrário. Esta variante foi muito popular entre os anos 700 e 800, e, apesar de ter sido introduzida nas Ilhas Britânicas, sua ascensão até o futebol moderno é incerta.
 Durante a chamada “Era dos Descobrimentos”, começou-se a conhecer desportos provenientes do Novo Mundo. Estima-se que o pok ta pok da cultura maia teria 3 000 anos de história. Na Groenlândia também se jogava um desporto que se assemelhava ao futebol, ao passo que o jogo denominado marngrook, da Oceania, tinha características que o assemelhava ao futebol australiano. Onde hoje se localizam os Estados Unidos os aborígenes praticavam outros jogos: o pasuckuakohowog na área continental central e o asqaqtuk no Alasca. Embora estes jogos tivessem certas características que os assemelham ao futebol e outros desportos variados modernos, a incidência dos mesmos nos desportos atuais é discutível, já que praticamente não há vínculos dos mesmos com as Ilhas Britânicas, o berço do futebol moderno.
Desnecessário dizer que o futebol, do inglês “association football”, ou simplesmente “football”, é um desporto de equipe jogado entre dois times de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas. É considerado o desporto mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participam das suas várias competições. É jogado num campo retangular gramado, com uma baliza em cada lado do campo. O objetivo do jogo é deslocar uma bola através do campo para colocá-la dentro da baliza adversária, ação que se denomina gol. A equipe que marcar mais gols ao término da partida é a vencedora. O jogo moderno foi criado na Inglaterra com a formação da Football Association, cujas regras de 1863 são a base do desporto na atualidade. O órgão regente do futebol é a Fédération Internationale de Football Association, mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é a Copa do Mundo FIFA, realizada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores do mundo, tendo o dobro da audiência dos Jogos Olímpicos.
Historicamente um fato que destacou a importância de Pelé no exterior foi quando de sua visita à África em 1969. No transcorrer da guerra civil na África, para que Pelé e o time Santos F. C. transitassem em segurança entre Kinshasa e Brazzaville, as forças rivais declararam a interrupção das agressividades, chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a “transferência da delegação sob tutela de um exército para o outro”. Brazzaville é a capital e maior cidade da República do Congo. A cidade é também um departamento. Até 1980 Brazzaville fazia parte da região (departamento) de Pool. Brazzaville está localizada no sudeste do país, na margem norte do Rio Congo. Faz divisa apenas com a região de Pool, sendo conurbada com Kinshasa, formando uma região metropolitana de aproximadamente 9 milhões de habitantes. Brazzaville foi fundada em 1880 pelo explorador franco-italiano Pierre Savorgnan de Brazza. A população da cidade nos dias de hoje é de cerca de 1,025 milhão de habitantes. Este fato político fez lembrar o sonho do Barão Pierre de Coubertin (1863-1937) ao fazer renascer os Jogos Olímpicos no século XX. Pois era costume na Grécia Antiga a decretação de um armistício quando da realização dos jogos olímpicos da época. Pierre de Frédy, mais conhecido pelo seu título nobiliárquico de Barão de Coubertin, foi um pedagogo e historiador francês, tendo entrado para a memória da história social como o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna.
Falar de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, é falar não somente do melhor jogador de futebol de todos os tempos, mas também do maior esportista do século. Em qualquer parte do planeta é reconhecido e venerado por aficionados do futebol. Reis, príncipes, chefes de estado e até o Papa, conhecem suas extraordinárias qualidades de esportista e ser humano. Pelé não foi somente um jogador excepcional, “para o povo brasileiro Pelé é um deus”. A técnica de Pelé e sua capacidade atlética natural foram universalmente elogiadas e durante sua carreira, ficou famoso por sua excelente habilidade de drible e passe, seu ritmo, chute poderoso, excepcional habilidade de cabecear, e artilharia prolífico, lembrando “as curvas do tempo”, do maior do arquiteto mundo contemporâneo (cf. Niemeyer, 2000; 2010). De fato ocorreu um chute de longa distância que Pelé tentou contra a Checoslováquia na estreia da Copa do Mundo de 1970 no México e não conseguiu fazer! Depois de Pelé, “a camisa 10 passou a ser vestida pelo melhor jogador do time, tanto no Brasil quanto no exterior”.
Do ponto de vista da técnica, vale uma digressão ao pensamento de Jürgen Habermas (1982; 1983; 1984; 1987; 1990) e nunca é demais repetir a distinção apontada e validada por ele do ponto de vista do conjunto da sociedade capitalista, quando estuda as relações entre “técnica e ciência como ideologia”. Isto é importante. Diz Habermas,
quero distinguir entre 1) enquadramento institucional de uma sociedade ou de um mundo vital sociocultural, e 2) os subsistemas de ação racional relativa a fins que incrustam nesse enquadramento. Na medida em que as ações são determinadas pelo marco institucional são ao mesmo tempo dirigidas e exigidas mediante expectativas de comportamento, sancionadas e recíprocas. Na medida em que são determinadas pelos subsistemas de ação racional teleológica, regulam-se por modelos de ação instrumental ou estratégica. A garantia de que elas sejam com suficiente probabilidade determinadas regras técnicas e as estratégias esperadas só pode obter-se mediante a institucionalização, e com isto obtém-se a distinção do conceito weberiano de ´racionalização`” (1987: 45-46).
            Sendo um dos mais importantes filósofos de meados do século XX, Jürgen Habermas nasceu em Gummersbach, a 18 de Junho de 1929. Fez cursos de filosofia, história e literatura, interessou-se pela psicologia e economia nas Universidades de Gotingen de Zurique e de Bon com Nicolai Harttman. Em 1954 doutorou-se em filosofia na universidade de Bona. Estudou com Theodor Adorno e foi assistente no Instituto de Investigação Social de Frankfurt am Main (1956-1959). Em 1961 obtém licença para ensinar na Universidade de Marburg e, em seguida, é nomeado professor Extraordinário (Privatdözent), professor Livre, Lente (Privatgelehrte), homem letrado, de filosofia da Universidade de Heidelberg (1961-1964), onde ensinava nada menos que Hans-Georg Gadamer, por exemplo. Foi nomeado depois professor Titular de filosofia e sociologia da Universidade de Frankfurt am Main (1964-1971). A partir de 1971 passou a ser co-diretor do Instituto Max Plank para a direção da pesquisa: “Investigação das Condições de Vida do Mundo Técnico-Científico”, em Starnberg.
            Habermas tem como escopo de sua análise os chamados “países capitalistas avançados” que desde o último quartel do século XIX apresentam duas tendências evolutivas: 1) um incremento da atividade intervencionista do Estado, que deve assegurar a estabilidade do sistema e, 2) uma crescente interdependência de investigação técnica, que transformou as ciências na primeira força produtiva. Ambas as tendências destroem aquela constelação de marco institucional e subsistemas de ação racional dirigida a fins, pela qual se caracteriza o capitalismo de tipo liberal. Por isso mesmo, é que não se cumprem, assim, condições relevantes de aplicação para a economia política na versão que Marx, com razão, lhe dera relativamente ao capitalismo liberal, ou seja, já não pode também desenvolver-se uma teoria crítica da sociedade na “forma exclusiva de uma crítica da economia política”.
            Na medida em que a atividade estatal visa à estabilidade e o crescimento do sistema econômico, a política assume um peculiar caráter negativo: orienta-se para prevenção das disfuncionalidades e para o evitamento dos riscos que possam ameaçar o sistema; portanto, a política visa não a realização de fins práticos, mas a resolução de questões técnicas. Portanto, a solução de tarefas técnicas não está referida à discussão pública. As discussões públicas poderiam antes problematizar as condições marginais do sistema, dentro dos quais as tarefas da atividade estatal se apresentam como técnicas. A nova política do intervencionismo estatal exige, por isso, uma despolitização da “massa da população”. Por outro lado, o marco institucional da sociedade continua separado dos sistemas de ação racional dirigida a fins. A sua organização continua a ser uma questão de práxis ligada à comunicação e não apenas da técnica, ainda que sempre de cunho científico.
            Deste modo, sem dúvida, os interesses continuam a determinar a direção, as funções e a velocidade do progresso técnico. Mas tais interesses definem de tal modo o sistema social como um todo, que coincidem com o interesse pela manutenção do sistema. A forma privada da valorização do capital e a chave de distribuição das compensações sociais, que garantem a lealdade da população, permanecem como tais subtraídas à discussão. Como variável independente, aparece então um progresso quase autônomo da ciência e da técnica, do qual depende de fato a outra variável mais importante do sistema, a saber, o crescimento econômico. Cria-se assim uma perspectiva na qual a evolução do sistema social parece estar determinada pela lógica do progresso técnico-científico. A legalidade imanente de tal progresso parece produzir as coações materiais pelas quais se deve pautar uma política que se submete às necessidades funcionais. E quando esta aparência se impôs com eficácia, então, referência propagandista ao papel da técnica e da ciência pode explicar e legitimar porque é que, nas sociedades modernas, uma formação “democrática da vontade política” perdeu as suas funções em relação às questões políticas e “deve” ser substituída por decisões plebiscitárias acerca de equipes alternativas de administradores.
Para o que nos interessa Pelé, durante sua carreira, foi chamado de Rei do Futebol, Rei Pelé, ou simplesmente Rei. Recebeu o título de Atleta do Século de todos os esportes em 15 de maio de 1981, eleito pelo jornal francês L`Equipe numa pesquisa feita junto aos vinte mais importantes jornais do mundo. Ele obteve 178 votos contra 169 do segundo colocado, o corredor norte-americano Jesse Owens, medalha de ouro nas Olímpiadas de 1936, em Berlim. A taça, de bronze, tem 80 centímetros e pesa 23 kg. No fim de 1999, o Comitê Olímpico Internacional, após uma votação internacional entre todos os Comitês Olímpicos Nacionais associados, também elegeu Pelé o “Atleta do Século”. A FIFA também o elegeu, em 2000, numa votação feita por renomados ex-atletas e ex-treinadores como “O Jogador de Futebol do Século XX”. Mais conhecido como Pelé, natural de Três Corações (MG), 21 de outubro de 1940 ou 23 de outubro de 1940, é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante.
                                  
                                            Jesse Owens em Berlim 1936.
Comparativamente James Cleveland “Jesse” Owens (1913-1980) foi um atleta e líder civil afro-americano. Ele participou nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936 em Berlim, Alemanha, onde se tornou conhecido mundialmente por ganhar quatro medalhas de ouro nos 100 e 200 m raso, no salto em distância e no revezamento 4x100 m. Em 2012, foi imortalizado no Hall da Fama do atletismo, criado no mesmo ano como parte das celebrações pelo centenário da IAAF. A notória propaganda pan-alemanista não ficou de fora dos Jogos Olímpicos de Berlim, tanto que o incentivo aos atletas germânicos (não judeus) foi tão grande que estes conseguiram colocar a Alemanha no topo do ranking com 33 medalhas de ouro, seguidos do segundo colocado, os EUA com 24 medalhas de ouro.
Dois pesos e duas medidas. A maior conquista de Owens foi não se contrapor ao regime hitlerista, mas sim abalar a noção preconceituosa e racista da nação norte-americana no século XX, como ele mesmo deixou bem claro em sua biografia. Ele declarou que o que mais o magoou não foram às atitudes de Adolf Hitler, mas “o fato do presidente americano Franklin Delano Roosevelt não ter lhe mandado sequer um telegrama felicitando-o por suas conquistas na olimpíada”. Entretanto, a grande verdade é que Hitler estava realmente presente no dia e se negou a cumprimentar o vitorioso atleta, de acordo com “a ideologia nazista de que o homem branco era superior ao negro”. Entretanto, Jesse Owens lhe mostrou cabalmente perante milhares de pessoas que sua teoria não se sustentava, fazendo com que este se sentisse humilhado. Enfim, uma imensa movimentação foi feita, em que os anfitriões cantavam o hino alemão: “Deutschland, Deutschland über Alles”, em português: “Alemanha acima de todos”, saudavam com um “Sieg Heil”.
De outra parte, descoberto pelo craque Waldemar de Brito, Pelé começou a jogar pelo Santos Futebol Clube aos 15 anos, pela seleção nacional brasileira aos 16, e venceu sua primeira Copa do Mundo da FIFA aos 17. Das numerosas ofertas de clubes europeus, as condições econômicas e as regulações políticas do futebol brasileiro da época beneficiaram o time Santos F. C., permitindo-lhes manter Pelé por quase duas décadas até 1974. É reconhecido entre especialistas de futebol e ex-jogadores como o maior futebolista da história. Em 1999, foi eleito o Futebolista do Século pela International Federation of Football History andStatistics. No mesmo ano, a revista francesa France Football consultou os ex-vencedores do Ballon D`Or para eleger o Futebolista do Século; Pelé classificou-se em primeiro. Em sua carreira, no total, marcou 1281 gols em 1363 partidas, número que fez dele o maior artilheiro de toda história mundial do futebol.
                                                 
                                                Estilo: bola na rede e o famoso soco no ar.
Com o Rei no elenco, no Santos F. C. atingiu seu auge nos anos de 1962 e 1963, anos em que conquistou o título mundial. Ele é o maior artilheiro de todos os tempos da seleção brasileira e é o único futebolista a ter feito parte de três equipes campeãs de Copa do Mundo. Em novembro de 2007, a FIFA anunciou sua premiação com a medalha da Copa de 1962, no qual o grande craque Garrincha o substituiu, retroativamente, fazendo dele o único futebolista do mundo a ter três medalhas de Copa do Mundo. Desde sua aposentadoria em 1977, Pelé tornou-se um embaixador mundial do futebol, também tendo passagens pelas artes cênicas e empreendimentos comerciais. É atualmente o Presidente Honorário do New York Cosmos.
            No time do Santos e no do Cosmos de Nova York, ele utilizava esse número por ser o meia-esquerda. Em sua estreia na Seleção Brasileira, Pelé atuou com a camisa de número 9, a camisa de número 10 ele só começou a utilizar a partir do Mundial de 1958, cuja distribuição da numeração se deu de forma aleatória por um membro da Fifa, posto que, a delegação brasileira havia deixado de fornecer aos organizadores daquele mundial a numeração dos atletas. O termo chamado “gol de placa” surgiu por conta de um gol marcado por Pelé no Torneio Rio-São Paulo. O jogo em que Pelé marcou o primeiro gol de placa da história ocorreu em um dia 5 de março na partida Fluminense 1 x 3 Santos, válido pelo Torneio Rio-São Paulo de 1961. O gol ocorreu aos 40 minutos do primeiro tempo e foi o segundo de Pelé no jogo. O jogador Pepe completou para os santistas e Jaburu descontou para o Fluminense.  Etnograficamente, após driblar vários adversários vindo do meio-de-campo com a bola dominada, Pelé venceu o então goleiro Castilho fazendo com que o estádio Maracanã e o jornalista Joelmir Beting explodissem em euforia. O jornalista, empolgado com o fantástico gol que havia visto, disse “que tal gol merecia uma placa tamanha sua beleza”. Assim, uma placa de bronze foi feita e colocada na entrada do Maracanã onde permanece até hoje. Desde então, todos os gols marcados com rara beleza são intitulados “gols de placa”.
            Além da Seleção Brasileira, Pelé se despediu como jogador do Santos em 1974 e do New York Cosmos em 1977, jogando um tempo em cada equipe, marcando um gol pelo time nova-iorquino que venceu o Santos por 2 - 1. Na festa estadunidense, com direito a participação do pugilista Muhammad Ali, Pelé daria seu grito repetido por milhares de pessoas: “Love! Love! Love!”. Seria a estrela de partidas de despedida de outros astros, como Garrincha em 1973 que fez um gol pela Seleção Brasileira, driblando toda a defesa adversária formada por estrangeiros que atuavam no Brasil; e de Beckenbauer em 1982, quando fez seu último gol. Carlos Alberto Torres reclamou que Pelé não participou da sua despedida. Tanto Beckenbauer como Carlos Alberto, foram seus companheiros no Cosmos.
Do grito entoado para milhares de pessoas, surge a composição e melodia na voz de Caetano Veloso: Love, love, love:
Eu canto no ritmo, não tenho outro vício/Se o mundo é um lixo, eu não sou/Eu sou bonitinho, com muito carinho/É o que diz minha voz de cantor/Por nosso Senhor/Meu amor, te amo/Pelo mundo inteiro eu chamo/Essa chama que move/Pelé disse/Love, love, love/Absurdo, o Brasil pode ser um absurdo/Até aí, tudo bem, nada mal/Pode ser um absurdo, mas ele não é surdo/O Brasil tem ouvido musical/Que não é normal/Meu amor, te quero/Pelo mundo inteiro eu espero/A visão que comove/Pelé disse/Love, love, love/Na maré da utopia/Banhar todo dia/A beleza do corpo convém/Olha o pulo da jia/Não tendo utopia/Não pia a beleza também/Digo prá ninguém/Meu amor, desejo/Pelo mundo inteiro/Eu vejo/Que não tem quem prove/Pelé disse/ Love, love, love/Na densa floresta feliz prolifera/A linhagem da fera feroz/Ciclones de estrelas/Desenham-se livres e fortes diante de nós/E eu com minha voz/Meu amor, preciso/Pelo mundo inteiro aviso/Olha o noventa e nove/Pelé disse/Love, love, love”.
Em 1994, 36 anos depois de aparecer frente aos olhos do mundo, conquistando pelo Brasil a primeira de suas três Copas do Mundo, na Suécia em 1958 -, o Rei foi ratificado por todo o continente europeu como o melhor jogador da história do futebol, título que antes já havia sido dada a ele por toda a América. Na Copa de 1958 os gols de Vavá, os lançamentos de Didi, a técnica de Nilton Santos e os dribles de Mané foram tão importantes quantos os gols de Pelé. Didi foi eleito o Craque da Copa e recebeu o apelido de Mr. Football pela imprensa internacional. A Copa de 1962 foi ganha sem Pelé. Dizem que Mané Garrincha só faltou fazer chover nesse mundial. A base era a mesma daquela equipe que encantou a Suécia em 1958: Djalma Santos, Nilton Santos, Zito, Didi, Zagallo, Vavá, Mané e Amarildo no lugar do Rei.
Até mesmo a equipe do Santos jogou a final do Mundial Interclubes, em 1963, contra o Milan sem Pelé. E venceu duas partidas no estádio Maracanã. Nada disso apaga o valor das diversas condecorações que Pelé recebeu. Ele é o maior jogador de futebol de todos os tempos, ele é o Atleta do Século. Mas ele não chegou lá sozinho e sabe disso. Mas quase 20 anos antes, em 1973, Pelé havia recebido a indicação de “Atleta do Século”, o qual foi outorgado em Paris, superando outras lendas do esporte como Juan Manuel Fangio (1911-1995) foi um automobilista argentino. É um dos maiores nomes da historia desse esporte. Correu 51 grandes prêmios, obteve 24 vitórias, 29 pole positions, 23 recordes de volta, cinco títulos mundiais: 1951, 1954, 1955, 1956 e 1957, dos quais 4 foram consecutivos, e dois vice-campeonatos em 1950 e 1953, em oito temporadas que disputou. Fangio correu em quatro escuderias: Alfa Romeo (1950-1951), Maserati (1953-1954), Mercedes (1954-1955), Ferrari (1956) e Maserati (1957-1958). E o único piloto da história da Formula 1 que foi campeão com 4 escuderias diferentes: Alfa Romeo, Maserati, Ferrari e Mercedes-Benz e Mohammed Ali.
Muhammad Ali-Haj, nascido Cassius Marcellus Clay Jr., em Louisville, 17 de janeiro de 1942, é um pugilista norte-americano. É mundialmente conhecido não somente pela sua maneira de boxear, mas também pelas suas posições políticas. Ali foi eleito “O Desportista do Século” pela revista americana Sports Illustrated em 1999. Nascido no estado do Kentucky tornou-se o melhor lutador de boxe do seu tempo e começou vencendo os Jogos Olímpicos de 1960. Conquistou o título de campeão dos pesos pesados ao derrotar Sonny Liston em 1964. Perdeu o título em 1967 e foi “proibido de atuar por três anos e meio por ter se recusado a lutar na guerra contra o Vietnã”. Recuperou o posto ao ser reabilitado, mas logo perdeu para Joe Frazier. Ganhou de novo o título em 1974 ao vencer George Foreman em luta realizada no Zaire, retratada no documentário “Quando éramos Reis”, perdeu-o em 1978 para Leon Spinks e em seguida retomou-o de Spinks. Retirou-se do boxe quando ainda era campeão.
Muhammad Ali entrou para história da década de 1960 quando se negou a lutar na Guerra do Vietnã: “Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?”, com frases como essa Ali demonstrou toda a incoerência da Guerra. Por sua história de lutador e ativista político Muhammad Ali “pode ser considerado uma das maiores personalidades vivas do século XX”. Contudo, ninguém foi como Pelé, ganhou três das quatro Copas do Mundo que participou: Suécia (1958), Chile (1962) e no México em 1970. A única que lhe faltou foi a Copa da Inglaterra em 1966. Húngaros e portugueses tiraram o Brasil da Copa. No total vestiu a camisa verde e amarela 111 vezes, com 92 em jogos oficiais e 19 em partidas não oficiais, somando 95 gols, 77 deles em partidas oficiais. Na sua carreira marcou 1.285 gols, em 1.321 partidas que jogou entre o amador e profissional.
Zaire, 1974. Depois de perder o título dos pesos pesados por se negar a participar da Guerra do Vietnã e ficar sem três anos sem lutar (e da derrota para Joe Frazier), Muhammad Ali tinha a chance de redenção diante do fenômeno George Foreman. No comando deste embate histórico, Don King - um ex-presidiário e malandro que citava Shakespeare. Muhammad estava com mais de 30 anos e ia enfrentar um monstro na concepção da palavra. Foreman, no auge da forma física, massacrava seus adversários no início das lutas. Tanto que Ali comentou que o adversário só deveria saber contar até dois e fez uso dessa brincadeira para derrotá-lo. Pois bem, toda a história desta saga está resumida no excelente documentário Quando éramos Reis, direção de Leon Gast. Ganhou vários prêmios, salvo engano papou até o Oscar em 1997. Ali se tornou um símbolo na luta contra o racismo nos EUA do porte de Martin Luther King e Malcom X.

                                          Foto: Ali no documentário: “Quando Éramos Reis”.          

              
Mutatis mutandis, Pelé começou sua carreira no clube Santos, em 1956 e disputou sua primeira partida internacional com a seleção brasileira dez meses depois. Nos anos 1960 foi convidado para jogar fora do Brasil, na Europa, mas preferiu ficar no seu clube de coração, o Santos. Professor de Educação Física, formado em 1974, pela Faculdade de Educação Física de Santos (Universidade Metropolitana de Santos). Na década de 1980, namorou a então aspirante à modelo Xuxa, sendo considerado o principal responsável pela projeção inicial da mesma na mídia lobalizada. O mesmo período em que foram lançadas filmagens de Xuxa em um filme erótico chamado Amor, Estranho Amor. O filme com cenas polêmicas de Xuxa teve a exibição embargada na Justiça Brasileira anos depois, por iniciativa da própria atriz e apresentadora, que se tornara famosa e rica na TV e brasileira atuando como apresentadora infantil, e não por Pelé. E deveria?
Pelé foi ministro dos Esportes do Brasil de 1995 a 1998. Nessa época aprovou mudanças na Lei Zico, que “passou a ser conhecida como Lei Pelé”. A legislação, muito criticada pelos dirigentes de clubes brasileiros, na verdade “seguem em linhas gerais as diretrizes internacionais da FIFA para contratação de jogadores”. Em 2000, na conturbada eleição de Melhor Jogador do Século da FIFA, “Pelé foi aclamado como o melhor de todos os tempos, a frente do craque argentino Diego Maradona”. Em 3 de março de 2004, revelou uma lista contendo os cem melhores jogadores de futebol vivos. Lista esta que gerou polêmica, e críticas de vários seguimentos da mídia, de jogadores, e intelectuais do futebol mundial. Em maio de 2005, Pelé ganhou espaço no noticiário por conta da prisão de seu filho Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, autuado “sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas”.
Com o Manto Sagrado, Pelé fez apenas uma partida, no ano de 1979, depois de já ter abandonado os gramados. Entrou em campo para uma partida beneficente contra o Atlético MG. Naquele ano uma enchente havia assolado o Estado de Minas Gerais e a renda do espetáculo que contaria com Zico, Júnior e Pelé no mesmo time, seria totalmente revertida para os desabrigados. Mesmo não tendo marcado e sem ter rendido o que se esperava, O Rei do Futebol, como é carinhosamente chamado, teve participação efetiva na partida que terminou com goleada rubro-negra por 5 a 1. Tabelou duas vezes com Zico e deixou o campo para a entrada de Luizinho.
Seu milésimo gol foi marcado em 19 de novembro de 1969, às 23h11, no jogo Vasco 1 - Santos 2, com 65.157 pagantes. A partida era válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o campeonato brasileiro da época. Aos 33 minutos do segundo tempo o zagueiro do Vasco Renê cometeu pênalti. Pelé cobrou com pé direito no canto esquerdo do goleiro Andrada, que se esforçou, mas não conseguiu defender o pênalti. Andrada não queria sofrer gol de Pelé, pois achava que deixaria de ser conhecido como bom goleiro e passaria a ser lembrado somente como o goleiro do milésimo gol. Ao ser cercado pelos repórteres, Pelé disse: “Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas”. Pelé vestiu uma camisa do Santos de número 1000 e deu a volta olímpica no Maracanã.


Bibliografia geral consultada:
Livro: Pelé o Atleta do Século (Vários Autores). Ed. Abril, 2000; 216 págs.; GINZBURG, Carlo e PONI, Carlo, “Il nome e il come: scambi ineguale e mercato storiografico”. In: Quaderni Storici, n˚ 40, 1979; GINZBURG, Carlo “et alii”, A Micro-História e Outros Ensaios. Rio de Janeiro: Editora Bertrand/Lisboa: DIFEL - Difusão Editorial, 1989; GINZBURG, Carlo, “Spie – Radici di un Paradigma Indiziario”.  In: Miti, Emblemi, Spie. Morfologia e Storia. Torino: Einaudi Editore, 1986; NIEMEYER, Oscar, The Curves of Time: The Memoirs of Oscar Niemeyer. London: Phaidon, 2000; Idem, “Oscar Niemeyer - obra prolífera”. In: Revista Stilo. Fortaleza: Diário do Nordeste, janeiro de 2010; HABERMAS, Jürgen, Técnica e Ciência como ‘Ideologia’. Lisboa: Edições 70, 1987, pp. 45e ss.; Idem, Para a Reconstrução do Materialismo Histórico. 1ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1983, pp. 219 e ss.; Idem, Mudança Estrutural da Esfera Pública. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984, pp. 110-168, passim; Idem, “A família burguesa e a institucionalização de uma esfera privada referida à esfera pública”. In: Massimo Canevacci (Introdução e organização), Dialética da Família. 2ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1982, pp. 223-234; Idem, “What Does Socialism Mean Today? The Rectfying Revolution and the Need for New Thinking on the Left”. In: New Left Review, number 183, september/october 1990; Idem, Mudança Estrutural da Esfera Pública. Rio de Janeiro: Editor Tempo Brasileiro, 1984; Idem, Técnica e Ciência como ‘Ideologia’. Lisboa: Edições 70, 1987; HABERMAS, Jürgen, e RATZINGER, J., Entre Razón y Religión. Dialéctica de la secularización. México: Fondo de Cultura Económica, 2008; DEMO, Pedro Demo, Pesquisa e Construção do Conhecimento: Metodologia científica no caminho de Habermas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2000; AUGÉ, Marc, “Football: de l`histoire sociale à l`anthropologie religieuse”. In: Le Débat, 19, 1982; Idem, Não-Lugares. Introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas, São Paulo: Papirus, 1994a; Idem, Pour une anthropologie des mondes contemporains. Paris: Aubier, 1994b; Idem, La Guerre des Rêves. Exercices d’Ethno-Fiction. Paris: Éditions du Seuil, avril 1997; Idem, El Viajero Subterráneo. Un etnólogo en el metro. Barcelona: Editorial Gedisa, 1998; Idem, O Sentido dos Outros. Atualidade da Antropologia. Petropolis (RJ): Editora Vozes, 1999; SIMMEL, Georg, On Individuality and Social Forms. Chicago: University of Chicago Press, 1971; Idem, La Tragédie de la Culture. Paris: Petite Bibliothèque Rivages, 1988; McCARTHY, Thomas. La teoría crítica de Jürgen Habermas. Madri: Tecnos, 1987, entre outros.  

I CURSO BRASILEIRO INTERDISCIPLINAR EM DIREITOS HUMANOS


23/MAR/2012 -Abertas pré-inscrições para o 1ª Curso Brasileiro Interdisciplinar em Direitos Humanos
Data: 23/03/2012
Estão abertas as pré-inscrições para o I Curso Brasileiro Interdisciplinar em Direitos Humanos: Os Direitos Humanos desde a Dimensão da Pobreza. As inscrições para o curso, que será realizado entre os dias 18 a 29 do mês de junho, em Fortaleza/CE, podem ser feitas até o dia 30 deste mês.    


Realizado pelo Instituto Brasileiro de Direitos Humanos e o Instituto Interamericano de Direitos Humanos, em parceria com a Procuradoria Geral do Estado do Ceará e a Universidade de Fortaleza – UNIFOR, o evento espera receber 120 participantes dos mais diversos estados, que receberão palestras de professores do Brasil e de outros países como Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela e Espanha.


Durante o curso serão debatidos temas relacionados à pobreza, iniquidade, discriminação e a justiça nas políticas públicas. Constam também da programação estudos de casos, trabalhos em grupo, painéis e visitas a projetos de inclusão social, prisões e centros de internação de adolescentes em conflito com lei.


Os candidatos devem fazer a pré-inscrição no endereço eletrônico: http://www.ibdh.org.br/.


I Curso Brasileiro Interdisciplinar em Direitos Humanos: Os Direitos Humanos desde a Dimensão da Pobreza
Data: 18 a 29 de junho
Local: Fortaleza-CE, no Hotel Blue Tree

ANPG convoca paralisação nacional de pós-graduandos pelo reajuste de bolsas já!



     ANPG convoca paralisação nacional de pós-graduandos pelo reajuste de bolsas já! 




A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) convoca os pós-graduandos e as pós-graduandas de todo o país a paralisarem todas as suas atividades acadêmicas e de pesquisa no dia 29 de março em defesa do reajuste imediato do valor das bolsas de mestrado e doutorado, há 4 anos congeladas – a inflação acumulada do período já supera os 20%.
Há pelo menos dois anos os pós-graduandos do país vêm pautando a importância da valorização das bolsas de pesquisa em um país que almeja uma posição de maior destaque na geopolítica mundial. Em 2011 os pós-graduandos realizaram diversas atividades nas universidades, rodaram um abaixo-assinado (que já supera 50 mil assinaturas) e angariaram apoio de reitores, conselhos universitários, assembleias legislativas, parlamentares, intelectuais, entidades da sociedade civil organizada, entre outros. A ANPG também apresentou propostas de emenda ao Orçamento da União para garantir o reajuste e também apresentou sua pauta aos presidentes da Capes e do CNPq, aos ministros da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação e até à presidenta Dilma Rousseff.
Todos os que receberam a reivindicação se disseram sensíveis à pauta, entretanto, o corte no Orçamento 2012, que reduziu em 22% as verbas do MCTI, indicam que as prioridades que marcam a política econômica federal  prejudicam o desenvolvimento do país. Este depende, dentre outros fatores, de recursos humanos qualificados, capazes de contribuir para superar os gargalos históricos da nação.

Semana de mobilização
Assim, convocamos as APG’s e pós-graduandos a realizarem mobilizações nas universidades de forma concentrada na semana de 26 a 30 de março, pautando o reajuste das bolsas como a pauta central dos pós-graduandos na Jornada Nacional de Lutas da UNE, UBES e ANPG, que ocorre no período. 
Entre as ações sugeridas pela campanha estão a realização de atos; festas-protesto de aniversário dos 4 anos sem reajuste; instalação de murais de apoiadores da campanha; coleta de moedas para “garantir” o orçamento do governo federal para conceder o reajuste; instalação de um contador de dias sem reajuste (nesta quinta-feira, dia 22 de março, completam-se 1391 dias); debates e moções de apoio dos órgãos colegiados das instituições e entidades dos movimentos sociais.

Paralisação
Entretanto, o foco da mobilização deve ser a paralisação das atividades acadêmicas e de pesquisa no dia 29 de março. Para tanto, vale realizar aulas públicas e outras atividades que reúnam os pós-graduandos, panfletagens e outros instrumentos. O importante é garantir e registrar o protesto pelo longo período sem reajuste das bolsas.
A produção de pesquisas concatenadas com as grandes questões nacionais e ao mesmo tempo livres, criativas, inovadoras, depende de investimento material e valorização social. É neste sentido que a ANPG pauta a humanização das bolsas de pesquisa, tendo como reivindicação imediata o reajuste e uma política permanente de valorização das bolsas de pesquisa.
Pela valorização das bolsas de pesquisa!