Hair:
A estetização
da política no contexto norte-americano, 1959-75.
Ubiracy de Souza
Braga*
Para Rawena Leticia com amor.
__________________
* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Em
primeiro lugar quando fala na “estetização da política”, Walter Benjamin tem
presente a estética da destruição própria dos acontecimentos da 2ª guerra,
transformada em obras de arte pela propaganda e pelos grandes espetáculos de
massa, nos quais jogos, paradas militares, danças, ginástica, discursos
políticos e música formavam um conjunto ou uma totalidade coercitiva única,
visando a tocar fundo nas emoções e paixões mais primitivas ou recalcadas da
sociedade. Em segundo lugar, deste ponto de vista o musical Hair estreou em 17 de outubro de 1967 e foi encenado no Public por cerca de seis semanas.
Recebeu “críticas mornas” da imprensa, mas com a sabedoria popular ele logo se
tornou claro, e perceptível, com as audiências e no mesmo ano um álbum com as
músicas foi gravado pelo elenco “off-Broadway”.
Michael
Butler, um empresário (cf. Braga, 2011a) de Chicago que pretendia lançar sua
candidatura ao Senado dos Estados Unidos tendo como plataforma política a
oposição à Guerra do Vietnã, viu um anúncio da peça no The New York Times e, imaginando tratar-se de uma obra sobre “índios
americanos”, sugestionado pelo cartaz do anúncio, foi ao The Public assisti-la. Acabou gostando e assistindo-a por diversas
vezes
Entre
o “fim” das apresentações na discoteca Cheetah e a estreia na Broadway três
meses depois, Hair “passou por
várias modificações”. Seu enredo original off-Broadway, que já trazia a base do que o
faria famoso mas tinha muitas divagações surreais, foi ainda mais depurado,
tornando-o mais realista. Por exemplo, o personagem Claude, que na concepção
original “era um extraterrestre que pretendia ser um cineasta”, na montagem
final da Broadway tornou-se um sensível ser humano. Após sua estreia, e seu
sucesso, em Nova Iorque, “Hair” foi montada em várias outras cidades dos EUA e
da Europa. Chegou ao Brasil em 1969, logo após o endurecimento da ditadura golpista
militar com a edição do AI-5, o que provocou uma longa negociação com a censura
oficial até que pudesse ser montada, o que dispensa-nos comentários.
Todavia quase 70 anos após o
diagnóstico de Walter Benjamim (cf. Braga, 2011b) sobre a “estetização da
política” praticada pelo fascismo e a resposta socialista, o projeto “Trópico
na Pinacoteca” realizou no dia 29 de março de 2003 um debate sobre a relação
entre arte e política. Participaram da discussão José Arthur Giannotti,
professor emérito do Departamento de Filosofia da USP e ex-presidente do
Cebrap, e Laymert Garcia dos Santos, professor do Instituto de Filosofia e
Ciências Humanas da Unicamp e membro do Centro de Estudos do Direito da
Cidadania da USP. A polêmica posição do músico alemão Stockhausen sobre o chamado
“11 de Setembro” (cf. Braga, 2011c), que Laymert utilizou em sua fala,
polarizou o debate, dividindo aparentemente opiniões tanto na mesa quanto na
plateia.
“O que aconteceu lá, e agora todos vocês têm de reajustar seus cérebros,
é a maior obra de arte que já existiu, afirmou Stockhausen logo após o ataque
às torres do World Trade Center. O
fato de que espíritos consigam, em um único ato, algo que não poderíamos sonhar
na música, e o fato de que aquelas pessoas tenham ensaiado um concerto durante
10 anos, ensaiado como loucos, de um modo totalmente fanático, e então tenham
morrido, é a maior obra de arte de todo o cosmos. Apenas imagine o que acontece
lá. Eles estão completamente concentrados numa performance, e daí cinco mil pessoas são levadas à ressurreição em
um único momento. Eu não poderia ter feito isso. Nós compositores somos nada
comparados a isso”.
Os ataques terroristas de 11 de
setembro de 2001, chamados também de “atentados de 11 de setembro de
2001”, foram uma série de ataques suicidas coordenados pela Al-Qaeda aos
Estados Unidos em 11 de setembro de 2001. Na manhã daquele dia, 19 terroristas
da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais a jato de passageiros. Os
sequestradores intencionalmente bateram dois dos aviões contra as Torres Gêmeas
do World Trade Center em Nova Iorque, matando todos a bordo e muitos white collor que trabalhavam nos
edifícios. Ambos os prédios desmoronaram em duas horas, destruindo construções
vizinhas e causando outros danos. O terceiro avião de passageiros caiu contra o
Pentágono, em Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, D.C. O quarto
avião caiu em um campo próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois que
alguns de seus passageiros e tripulantes tentaram retomar o controle do avião,
que os sequestradores tinham reencaminhado para Washington, D.C. Não houve
sobreviventes em qualquer um dos voos.
Jan Tomáš Forman (Čáslav, 1932),
mais conhecido como Miloš Forman, é cineasta um premiado, a duras penas, ator e
roteirista checo. Mudou-se para os Estados Unidos da América em 1968 e possui,
desde 1977, a nacionalidade estadunidense. Dois de seus filmes, Um Estranho no Ninho, onde Jack
Nicholson representa um prisioneiro, simula estar insano para não trabalhar e
vai para uma instituição para doentes mentais, onde estimula os internos a se
revoltarem contra as rígidas normas impostas pela enfermeira-chefe Ratched. Mas
ele não tem ideia do preço que irá pagar por desafiar uma “instituição total”
(cf. Goffmann, 1974) e Amadeus, um
filme estadunidense de 1984, do gênero drama biográfico e com roteiro de Peter
Shaffer. O roteiro é baseado na peça homônima do próprio Shaffer, livremente
inspirado nas vidas dos compositores Wolfgang Amadeus Mozart e Antonio Salieri,
que viveram em Viena, na Áustria, durante a segunda metade do século XVIII. Estão
entre os mais célebres filmes da história do cinema, e lhe deram o Óscar de
melhor diretor. Da sua carreira em solo americano, marcada por grandes sucessos
de critica e público, há também “pequenas joias”, mal comparando como ainda
existe uma Florença “escondida”, representando pequenos oásis em pleno centro
histórico, onde descansar do mar de turistas que invade a cidade diariamente, “menos badaladas”, que merecem uma
atenção especial.
Ao
lado das obras, em torno das quais sua filmografia orbita como vimos: “Um
Estranho no Ninho”, “Amadeus” ou “Hair”, Milos Forman também oferece preciosidades
como: “Procura Insaciável” (seu primeiro trabalho após a imigração), retratos
de época como “Valmont”, “Sombras de Goya” e “Na Época do Ragtime”, ou
biografias de figuras controversas e atraentes, como em “O Povo contra Larry
Flynt” e “O Mundo de Andy”. Ele também foi nomeado para o mesmo prêmio por O Povo Contra Larry Flynt. Ele também
ganhou o Globo de Ouro, Cannes, BAFTA, Cesar, David di Donatello, e vários
outros prêmios. Forman nasceu em Caslav, atual República Checa, filho de Anna,
que dirigia um hotel de verão, e Rudolf Forman, um professor. Seus pais eram
protestantes. Durante a ocupação nazista seu pai foi preso por distribuir “livros
proibidos” e morreu em Buchenwald, em 1944. Sua mãe morreu em Auschwitz em
1943. Forman afirmou que ele não conseguiu entender completamente o que havia
acontecido com seus pais até que ele viu imagens dos campos de concentração
quando tinha 16 anos. Forman viveu com parentes durante a Segunda Guerra
Mundial. Ele tem um irmão Pavel Forman, 12 anos mais velho, pintor checo que
também emigraram depois da invasão de 1968 para a Austrália.
Primeira
realização Forman é o documentário Audition
cujo tema foi “cantores concorrentes”. Dirigiu várias comédias na Checoslováquia.
No entanto, durante a Primavera de Praga
e a consequente invasão 1968, ele estava em Paris “negociando a produção de seu
primeiro filme americano”. Seu empregador, um estúdio Checa, o demitiu,
alegando que ele estava fora do país ilegalmente. Ele se mudou para Nova York,
onde mais tarde tornou-se um professor de cinema na Columbia University e
co-presidente do departamento de Columbia filme. Em 1977, ele se tornou um
cidadão naturalizado dos Estados Unidos. Em 1985 chefiou a Festival de Cannes.
E também presidiu uma cerimônia de César
em 1988. Em 1997, recebeu o Globo de Cristal prêmio por contribuição
artística excepcional para o mundo de cinema no Karlovy Vary International Film
Festival.
Em
primeiro lugar, contracultura é um movimento que tem seu auge na década de 1960
(cf. Braga, 2011c) quando teve lugar
um estilo de mobilização e contestação social e utilizando novos meios de
comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o
antissocial aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais
libertário, resumido como uma cultura underground,
“cultura alternativa” ou “cultura marginal”, focada principalmente nas
transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de
outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades
do cotidiano, embora o movimento Hippie, que representa esse auge, almejasse a
transformação da sociedade como um todo, através da tomada de consciência, da
mudança de atitude e do protesto político.
A contracultura pode ser definida como um
ideário altercador que questiona valores centrais vigentes e instituídos na
cultura ocidental. Justamente por causa disso, são pessoas que costumam se
excluir socialmente e algumas que se negam a se adaptarem às visões aceitas
pelo mundo. Com o vultoso crescimento dos meios de comunicação massivos, a
difusão de normas, valores, gostos e padrões de comportamento se libertavam das
amarras tradicionais e locais - como a religiosa e a familiar -, ganhando uma
dimensão mais universal e aproximando a juventude de todo o globo, de uma maior
integração cultural e humana. Destarte, a contracultura desenvolveu-se na
América Latina, Europa e principalmente nos EUA onde os indivíduos buscavam
valores novos.
De
outra parte, no âmbito da contracultura o pacifismo tem como alvo,
especialmente, a guerra do Vietnã e está presente nas primeiras cenas do filme.
Claude sai da sua casa na fazenda e é levado pelo pai até o ônibus que o levará
à cidade, atravessa de caminhonete a zona rural americana com sua igrejinha simples,
a estrada de terra, as frutas e as plantações. Deixa sua família para servir a
pátria. Ele chega ao Central Park onde se encontra um grupo de jovens. Berger
está lendo em voz alta para o grupo a convocação para o alistamento militar:
“Quem alterar, fraudar, destruir propositadamente, danificar propositadamente
ou modificar de algum modo essa convocação, pode ser multado em até 10.000
dólares ou ser preso por até 5 anos”. Em seguida, o grupo queima a convocação e
foge dos policiais que assistiam a tudo e passam a persegui-los. Está aí
definida a disposição dos hippies frente à guerra.
A
década de 60 foi também o tempo das mobilizações contra a segregação racial nos
Estados Unidos às quais se deram por diferentes vias: a cristã de Martin Luther
King, a islâmica de Mohamad Ali e a marxista dos Black Panthers. Estes movimentos estão presentes na personagem de
Lafayette: ele exibe sua identidade cultural africana nos cabelos encaracolados
e na indumentária característica. Sua presença no grupo hippie mostra uma cumplicidade
da contracultura com outros movimentos sociais da mesma época. Os principais
lugares em que se desenrola a trama do filme como as praças e os parques, onde
inclusive ocorrem os grandes festivais de música, são também referências importantes
do contexto histórico e espacial mais amplo que cerca a contracultura.
Na
guerra norte-americana, aproximadamente 3 a 4 milhões de vietnamitas dos dois
lados morreram, além de outros 2 milhões de cambojanos e laocianos, arrastados
para a guerra com a propagação do conflito, e de cerca de apenas 58 mil
soldados dos Estados Unidos. Durante o conflito, as tropas do exército da
Vietnã do Norte travaram uma guerra convencional contra as tropas
norte-americanas e sul-vietnamitas, e as milícias da FNL - Força Nacional de
Libertação menos equipadas e treinadas, lutaram uma guerra de guerrilha na
região, usando as selvas do Vietnã, espalhando armadilhas mortais aos soldados
inimigos, enquanto os Estados Unidos se armaram de grande poder de fogo, em
artilharia e aviação de combate, para destruir as bases inimigas e impedir suas
ofensivas. Vale lembrar que nos últimos 230 anos, os Estados Unidos gastaram
6,8 trilhões de dólares com grandes guerras.
À
exceção das linhas de combate ao redor dos perímetros fortificados de bases e
campos militares, não houve nesta guerra a formação clássica de linhas de
frente e as operações aconteceram em zonas delimitadas; missões de busca e
destruição por parte das forças norte-americanas, com o uso de bombardeios
maciços com a utilização de armas químicas desfolhantes e sabotagens da
guerrilha na retaguarda das zonas urbanas. Travada com uma grande cobertura
diária dos meios de comunicação, a guerra levou a uma forte oposição e divisão
da sociedade norte-americana, que gerou os Acordos de Paz de Paris em 1973,
causando a retirada das tropas do país do conflito.
Ela
prosseguiu com a luta entre o norte e o sul do Vietnã dividido, terminando em
abril de 1975, com a invasão e ocupação comunista de Saigon, então a capital do
Vietnã do Sul e a rendição total do exército sul-vietnamita. Para os Estados
Unidos, do ponto de vista bélico a Guerra do Vietnã resultou na maior
confrontação armada em que o país já se viu envolvido, e a derrota provocou a
“Síndrome do Vietnã” em seus cidadãos e sua sociedade, causando profundos
reflexos na sua cultura, na indústria cinematográfica e grande mudança na sua
política exterior, até a eleição de Ronald Reagan, em 1980. Analistas políticos
norte-americanos cunharam o termo “Síndrome do Vietnã” para descrever a falta
de disposição dos cidadãos de envolverem-se em conflitos bélicos além de suas
fronteiras, que durante longo tempo caracterizou a opinião pública
estadunidense.
Na
essência, isto representou a consequência de um trauma derivado do conflito no
Sudeste Asiático e se identificava com fortes dúvidas em relação a um custo de
US$ 200 bilhões, e legitimidade, pois o Vietnã foi o país mais vitimado por
bombardeios aéreos no século XX. Caíram sobre suas cidades, terras e florestas,
mais toneladas de bombas do que as que foram lançadas na II Guerra Mundial.
Para tentar desalojar os guerrilheiros das matas foram utilizados violentos
herbicidas - “o agente laranja” - que dizimou milhões de árvores e envenenou os
rios e lagos do país. Milhares de pessoas ficaram mutiladas pelas queimaduras
provocadas pelas bombas de napalm e suas terras ficaram imprestáveis para a
lavoura, além disso, pertinência e eficácia,
relativos ao uso de forças militares americanas no exterior. Como resposta a
esta síndrome, fez sua aparição, no final dos anos 1980 do século passado, a
chamada Doutrina Colin Powell, emanada do então Chefe do Estado-Maior Conjunto
e depois Secretário de Estado do governo de George Bush.
Não
queremos perder de vista que Hồ Chí Minh (“aquele que ilumina”) nasceu em 1890
numa pequena aldeia vietnamita, filho de um professor rural. Tornou-se um dos
mais importantes e lendários líderes nacionalistas e revolucionários do mundo
do após-guerra. Viajou muito jovem como marinheiro e tornou-se socialista
quando viveu em Paris, entre 1917 e 1923. Quando ocorreu as Conferências de
Versalhes, em 1919, para fixar um novo mapa mundial, o jovem Hồ Chí Minh, então
chamado de Nguyen Ai quoc, o “patriota”, solicitou aos negociadores europeus
que fosse dado ao Vietnã um estatuto autônomo. Ninguém lhe deu resposta, mas Hồ
Chí Minh tornou-se um herói para o seu povo. Em 1923 foi para Moscou onde
aprendeu táticas de guerrilha e entrou para o Comintern, braço internacional do Partido Comunista da União
Soviética. Dois anos depois foi enviado para a China, onde foi preso por atividade
subversiva e escreveu os “Diários da Prisão”. Expulso em 1927, viveu em vários
países até chegar a Hong Kong, de onde dirigiu o movimento anti-imperialista na
Indochina, dominada pela França desde 1854. Em 1930 ele fundou o Partido
Comunista Indochinês e seu sucessor, o Viet-mihn
(Liga da Independência do Vietnã), em 1941, para resistir à ocupação japonesa.
Foi preso na China por atividade subversiva e escreveu na prisão os “Diários da
Prisão”, em chinês clássico, uma série de poemas curtos, onde enalteceu a luta
pela Independência.
Nguyên
Ai Quôc, que, anos antes, publicara em Paris, violenta denuncia contra o processo
de colonização francesa e colaborara, ativamente no L’Humanité, Lê populaire
e Lê Paria, escreveu, em 1929, uma
brochura, fixando as diretrizes para a revolução na Indochina, dentro dos
princípios do marxismo-leninismo. Intitulava-se Lê Chemin de la Revolution e suas ideias fundamentais se
substanciavam nos seguintes pontos: 1. Amplas massas operárias e camponesas ¾ e
não um punhado de homens – realizarão a revolução. Daí a organizá-las; 2. Um
partido marxista-leninista deve dirigir a revolução; 3. O movimento revolucionário
em todos os países deve ligar-se estreitamente ao proletariado mundial. É
preciso fazer de tal forma que a classe operaria e as massas trabalhadoras
possam distinguir a Terceira (Comintern)
da Segunda Internacional (reformista).
O
partido foi fundado por Hồ Chí Minh e outros exilados que viviam na China, como
o nome original de Partido Comunista Vietnamita (Việt Nam công sản Đảng) em uma conferência em Hong Kong em
fevereiro de 1930. O Partido foi criado pela fusão de três partidos: o Partido
comunista indochinês (Dương công động sản
đảng), o Partido Comunista de Annam (An
Nam công sản Đảng). Embora o terceiro grupo comunista vietnamita, a Liga
Comunista Indochinesa (động Dương công sản
Liên đoàn), não tinham sido convidados para a conferência de Hong Kong,
seus membros foram autorizados a se participarem do novo partido unidos.
A conferência de Hong Kong elegeu nove
Estados-membros para uma Comissão Central Provisória, constituída por 3 membros
de Tonkin, 2 de Annam, 2 da Cochinchina, e 2 do exterior da comunidade chinesa.
Pouco depois, na sua primeira sessão plenária do partido mudou de nome para
Partido Comunista Indochinês (Đảng công
động sản Dương), por influência politica do Comintern ou Komintern, do
alemão Kommunistische Internationale
é o termo com que se designa a Terceira Internacional ou Internacional
Comunista (1919-1943), isto é, a organização internacional fundada por Vladimir
Lenin e pelo PCUS (bolchevique), em março de 1919, para reunir os partidos
comunistas de diferentes países. O Primeiro Congresso Nacional foi realizado em
segredo em Macau em 1935. Ao mesmo tempo, um congresso do Comintern em Moscovo
adotou uma política para a criação de uma frente popular contra o fascismo e
dirigia os movimentos comunistas de todo o mundo para colaborar na luta
antifascista, independentemente da sua orientação no sentido socialista. Isto
exigia a PCV considerar todos os partidos nacionalistas na Indochina como
potenciais aliados.
Com seus companheiros mais próximos, Pahm Van
Dong e Vo Nguyen Giap, lançou-se numa “guerra de guerrilhas” contra os
japoneses, obedecendo à estratégia de Mao Tse Tung de uma “guerra de longa
duração”. Finalmente, em 2 de setembro de 1945, eles ocupam Hanói (a capital do
norte) e Ho Chi Minh proclamou a Independência do Vietnã. Mas os franceses não
aceitaram. O General Leclerc, a mando do General De Gaulle, recebeu ordens de
reconquistar todo o norte do país, nas mãos dos comunistas de Ho Chi Minh. Isso
irá jogar a França na sua primeira guerra
colonial depois de 1945, levando-a a derrota na batalha de Diem Biem Phu,
em 1954, quando as forças do Viet-minh, comandadas por Giap, cercam e levam os
franceses à rendição. Depois de 8 anos, encerrou-se assim a primeira Guerra da
Indochina.
Desde
1963, quando os militares sul-vietnamitas, apoiados pelos americanos,
derrubaram e assassinou o ditador Diem, os sul-vietnamitas não conseguiram mais
preencher o vácuo de sua liderança. Uma série de outros militares assumiu a
chefia do governo transitoriamente enquanto os combates mais e mais eram tarefa
dos americanos. Nixon passou a reverter isso, fazendo com que os
sul-vietnamitas voltassem a ser encarregados das operações. Chamou-se isso de
“vietnamização” da guerra. Imaginou que os abastecendo o suficiente de dinheiro
e armas eles poderiam lutar sozinhos contra o Vietcong. Transformou o
presidente Van Thieu num simples títere desse projeto. Enquanto isso as
negociações em Paris marcavam passo. Em 1970, Nixon ordenou o ataque a célebre
trilha Ho Chi Minh que passava pelo Laos e Camboja e que servia como estrada de
abastecimento do Vietcong. Estimulou também um golpe militar contra o
neutralista príncipe N. Sianouk do Camboja, o que provocou uma guerra civil
naquele país entre os militares direitistas e os guerrilheiros do Khmer
Vermelho liderados por Pol Pot.
Em
30 de janeiro de 1968, os Vietcongs fizeram uma surpreendente ofensiva - a
ofensiva do Ano Tet (o ano lunar
chinês) - sobre 36 cidades sul-vietnamitas, ocupando inclusive a embaixada
americana em Saigon. Morreram 33 mil Vietcongs nessa operação arriscada, pois
expôs quase todos os quadros revolucionários, mas foi uma tremenda vitória
política. O gal. Wetsmoreland, que havia dito que “já podia ver a luz no fim do
túnel”, predizendo uma vitória americana para breve, foi destituído, e o
presidente Johnson foi obrigado a aceitar negociações, a serem realizadas em
Paris, além de anunciar sua desistência de tentar a reeleição. Para a opinião
pública americana tratava-se agora de sair daquela guerra de qualquer maneira.
O novo presidente eleito, Richard Nixon, assumiu o compromisso de “trazer
nossos rapazes de volta”, fazendo com que lentamente as tropas americanas se
desengajassem do conflito. O problema passou a ser de que maneira os Estados
Unidos poderiam obter uma “retirada honrosa” e manter ainda o seu aliado, o
governo sul-vietnamita.
Os
Estados Unidos somente poderiam intervir militarmente fora de suas fronteiras
quando pudesse enquadrar-se em uma das seguintes condições: a) empregando força
militar portentosa e susceptível de garantir a vitória e o efetivo controle
sobre as forças inimigas, de forma avassaladora; b) a existência de claros e
bem definidos objetivos políticos; c) legitimidade no uso da força e uma
estratégia precisa de saída, ao término dos embates, evitando traumas e
transtornos. Em outras palavras, desta forma procurava-se contemplar tudo aquilo
que havia falhado no planejamento e na consecução da aparente malfadada Guerra
do Vietnã. Lamentavelmente, o que ocorreu no Iraque faz lembrar o que ocorreu
no Sudeste Asiático. Não é sem motivo que a “Síndrome do Vietnã” está tomando
corpo, historicamente de modo avassalador, na psique individual e coletiva
estadunidense. Então a “Síndrome do Vietnã”, que Bush pai pensou ter apagado ao
derrotar Saddam Hussein em 40 dias na Guerra do Golfo de 1991, vem somar-se à “Síndrome
do Iraque”.
De
outra parte, canções de Hair foram
gravadas por diversos artistas, entre eles Diana Ross, Shirley Bassey e Barbra
Streisand. “Good Morning
Starshine” foi gravada por Sarah Brightman, The Ventures e Oliver. Com
este último, o compacto da música chegou ao 3º posto da Billboard Hot 100,
vendeu mais de um milhão de cópias e recebeu o Disco de Ouro da R.I.A.A. em
agosto de 1969. O grande sucesso de Hair, porém, foi o medley “Aquarius/Let the Sunshine In”, gravado pelo The 5th
Dimension. A single com as duas canções integradas chegou ao topo da Billboard,
passando seis semanas consecutivas em primeiro lugar das paradas, sendo o
primeiro medley na história da fonografia americana a conseguir esse feito, e
conquistou o Prêmio Grammy para Gravação do Ano, em 1970.
Foto:
Gabo Morales/Folhapress. Atores do
Musical Hair (SP), dirigido pela
dupla Charles Moeller e Claudio Botelho.
Na
Grã-Bretanha, Nina Simone fez sucesso com o medley “Ain`t Got No / I Got Life”.
Em 1970, a ASCAP anunciou que “Aquarius” foi a música mais tocada nos rádios e
televisões naquele ano. Produções da Inglaterra, Alemanha, Brasil, Suécia,
Japão, Israel, Austrália e outros países também lançaram discos gravados por
seus elencos e mais de mil gravações vocais e/ou instrumentais individuais de
suas canções foram colocadas no mercado. O sucesso das músicas chamou tanto a
atenção que a ABC Records, depois de uma “guerra de ofertas”, contratou Galt
MacDermot por uma soma recorde para compor as músicas do próximo musical a ser
produzido pela empresa.
O
famoso Musical “Hair” foi bastante marcante quando o filme de 1979, dirigido
por Milos Forman, estreou no Brasil, mostrando os ideais de uma juventude que
disse não à guerra, não aos mandos e desmandos de um governo liberal radical,
perverso e assassino, pois milhares de jovens com a mesma idade que morreram
despreparados em uma guerra absurda. O movimento se espalhou pelo mundo, era
uma ideia, uma estética, um comportamento jamais visto em qualquer outra época.
Uma destas formas de existir era a liberdade do “corpo”, da sexualidade, do
respeito às diferenças. Um corpo sem tabu, um copo sem a vergonha impressa pela
igreja, um corpo sem a escravidão da estética, da moral, do controle, do
capitalismo e da beleza padrão. Os homens eram peludos, magros, exibindo seus
lindos e enormes pelos pubianos, barbados e com cabelos longos. As mulheres não
se depilavam, cabelos longos muitos deles crespos, cacheados, sem “chapinha” e
pelos nas axilas. Lindos pela natureza, lindos sem escravidão.
O
filme Hair explora muitos dos temas
pacifistas do movimento hippie dos anos 1960. O eixo central do filme gira em
torno do recrutamento de Claude para a Guerra do Vietnã e do seu envolvimento
amoroso com Sheila. Com o intuito de proporcionar um último encontro entre
ambos, Berger toma o lugar de Claude no quartel, involuntariamente acaba indo
lutar no Vietnã e morre. Os outros personagens mostram as diferentes faces da
proposta dos hippies por volta dos anos de 1960. O ideário da contracultura é
apresentado, sobretudo nas letras das músicas que retratam o enfrentamento das
principais instituições do ocidente moderno: a segregação racial, a polícia, os
militares, a propriedade privada e a família tradicional burguesa.
Excluindo
dois musicais precedentes dos anos 1920 e 1930, que tratam do preconceito
racial, da vida dos negros americanos e tinham elencos eminentemente negros, Hair abriu a Broadway para a temática
da integração racial, com um terço do elenco representado de negros. Exceto por
esquetes satíricos, os papéis dos negros na Tribo os colocam como iguais aos
brancos, quebrando a tradição dos papéis de escravos e servos sempre reservados
a eles no ramo do entretenimento, seja nas Américas, sejam no Brasil. A revista
Ebony, dedicada ao mercado
afro-americano, como o próprio nome
insinua, declarou que o musical “era o maior mercado para atores negros da
história do teatro nos Estados Unidos”.
Várias
das cenas e canções da peça tratam de temas raciais,
tais como: “Colored Spade”, a música que introduz o personagem Hud, um
militante negro, tem na letra uma longa lista de insultos raciais, como “jungle
bunny” (coelhinho da selva) e “little black sambo” (pequeno mestiço negro) com
que os negros eram denominados. Ao fim dela, Hud diz à Tribo que o “bicho
papão” vai pegá-los e o grupo finge estar assustado. “Dead End”, cantada pelos
integrantes negros, é uma coletânea de sinais de rua que simbolizam a
frustração e a alienação da população negra (“keep out... mad dog... hands off”).
Um dos cânticos de protesto diz: “O que nós achamos que é realmente legal? Bombardear,
linchar e segregar!”. “Black Boys/White Boys” é um exuberante reconhecimento da
miscigenação.
As inúmeras referências aos “nativos
americanos” na peça são parte do foco anti-civilização, anti-consumismo e a
favor do naturalismo do movimento hippie.
Os personagens do grupo são denominados como “Tribo”, emprestando o termo das
comunidades indígenas. O elenco de cada produção deveria escolher um nome
tribal: “A prática não é apenas cosmética (...) todo o elenco deve trabalhar
junto, gostarem uns dos outros e muitas vezes dentro do espetáculo deve
funcionar com um único organismo. Todo o sentido de família, de laços, de
responsabilidade e de lealdade inerentes à palavra ´tribo`, precisam ser
sentidos por todo o elenco”. Para reforçar este sentimento, o diretor O`Horgan
fez o elenco praticar exercícios de sensibilidade baseados na confiança mútua,
incluindo toques, audição e um extenso exame um dos outros, que derrubou a
barreira entre os membros do elenco e da equipe de produção e incentivou a
união de todos. Estes exercícios foram baseados em técnicas do Instituto Esalen
e do teatro laboratório polonês. A própria ideia de Claude, Berger e Sheila
viverem juntos, é outra faceta do conceito de tribo dos anos 1960, mostrado na
capa do livro The Love Tribe, de
Joseph Mathewson, que descrevia a vida dos jovens do East Village de então.
Enfim,
do ponto de vista da análise comparada, Hair
faz muitas alusões às peças de William Shakespeare, especialmente Romeu e Julieta e Hamlet, e algumas vezes usa material lírico diretamente de
Shakespeare. A letra de “What a Piece of Work Is Man” é retirada da segunda
cena do Segundo Ato de Hamlet. Em “Flesh
Failures/Let The Sun Shine In”, os versos: “Eyes, look your last!/ Arms, take
your last embrace! And lips, O you/ The doors of breath, seal with a righteous
kiss”, são de Romeu e Julieta. Simbolicamente,
a indecisão de Claude entre queimar ou não seu cartão de convocação, e que ao
final causa seu desaparecimento, é visto como um paralelo a Hamlet, bem como o
verso “The rest is silence”, em alusão às últimas palavras de Hamlet, em “Flesh
Failures/Let The Sun Shine In”. O simbolismo se faz presente na última cena,
quando Claude aparece entre seus amigos como um espírito fantasmagórico em
uniforme militar, num irônico eco de uma cena anterior, e diz: “Eu sei por que
eu quero ser invisível”. Oskar Eustis, diretor artístico do Public Theater, analisa a relação:
“Ambos, ´Hair` e ´Hamlet`, são centrados em dois brilhantes idealistas que
lutam para achar seu lugar num mundo corrompido pela guerra, violência e
políticos venais. Os dois veem as possibilidades luminosas e as mais duras
realidades do ser humano. Ao final, incapazes de combater com eficiência o mal
ao seu redor, ambos sucumbem”.
Politicamente
falando, Hair teve um profundo
efeito não apenas no que passou a ser aceito na Broadway, mas como parte do
movimento social que ele celebrava. Em 1970, por exemplo, Michael Butler,
Castelli e vários elencos de Hair contribuíram para o levantamento de fundos
para o World Youth Assembly, uma organização patrocinada pelas Nações Unidas
criada em conexão com a celebração do 25º aniversário da ONU. A Assembleia
escolheu 750 jovens de todo o mundo para encontraram-se em Nova York em julho
de 1970 para discutirem temas sociais. Durante uma semana, membros dos elencos
de todas as partes do mundo onde ele era encenado recolheram donativos a cada
show para este fundo. No total, conseguiram US$ 250 mil e acabaram sendo os
principais financiadores da assembleia. Atores integrantes das Tribos
contribuíram com um dia de salário e Butler com um dia de seus lucros de cada
uma das montagens existentes ao redor do mundo.
Hair já
foi encenado na maioria dos países do mundo. Após a Queda do Muro de Berlim,
ele foi apresentado pela primeira vez na Polônia, Líbano, República Tcheca e em
Sarajevo, durante a guerra. Em 1999, Michael Butler e o diretor Bo Crowell
ajudaram a produzir uma montagem em Moscou, no Parque Gorki. O musical causou a
mesma reação na Rússia que o original havia causado trinta anos antes nos
Estados Unidos, porque soldados russos lutavam na Chechênia na mesma época. Em
2003, James Rado escreveu que os únicos lugares onde Hair ainda não tinha sido
apresentado eram a China, Vietnã, Cuba, Índia, alguns países da África, o
Ártico e a Antártida. Desde então, Hair já foi encenado na Índia. Seguindo-se
ao relançamento do musical na Broadway em 2009, os diretores e produtores
Charles Moeller e Cláudio Botelho produziram uma nova montagem brasileira,
quarenta anos depois da original, que estreou no Rio de Janeiro em novembro de
2010 e em 13 de janeiro de 2012 em São Paulo no Teatro Frei Caneca; com trinta
jovens atores e cantores também pouco conhecidos do grande público como Hugo
Bonemer, Igor Rickli, Carol Puntel e Karin Hils entre outros, escolhidos entre
mais de 5 mil inscritos para a seleção do elenco.
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geral consultada.
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